sábado, 17 de novembro de 2012

Uma grande greve geral e acção nacional de protesto

A greve geral de dia 14 foi uma grande jornada de luta num percurso que levará ao fim deste governo e desta política. A sua preparação e os efeitos da sua realização bem como as manifestações realizadas em várias cidades e concelhos no mesmo dia abalaram o governo, e foram realizadas também em muitos outros países europeus.
Esta jornada que poderia ter influenciado também o curso do debate político foi porém, nesse efeito, boicotada pela acção conjunta de editores de órgãos de comunicação social e de um grupo de provocadores, a quem algumas almas piedosas (ou coniventes?) vieram em socorro, que provocaram cenas de violência com a PSP. Que tive oportunidade de analisar no próprio local.
A técnica não é nova (cá como lá fora), e os provocadores, maioritariamente activistas de extrema direita, são conhecidos.

Cavaco e Passos Coelho, ao mesmo tempo que hipocritamente salientavam o direito à greve previsto na Constituição, teceram elogios aos que tinham tido a "coragem" de não fazer greve (como se não soubessem que, em muitos casos, foi o efeito do medo das represálias de algum patronato que lhes coarctava  a liberdade de se juntarem na luta aos seus camaradas), produziram declarações que subliminarmente pretendem associar os protestos à violência, ressalvando-se aqui, em sentido contrário,  a declaração na hora do Ministro da Administração Interna.

A jornada de luta de dia 14 fica na memória de todos, que sentiram entusiasmo ou medo conforme o lado da barricada em que se colocam. E continuará na manifestação de dia 27, às 10.30 h, também em S. Bento,  então contra o Orçamento de agressão aos portugueses que esta maioria pretende aprovar nesse dia.
A situação em agravamento nalguns grandes países europeus comprova a gravidade da continuação da austeridade e não dão qualquer credibilidade aos amanhãs que cantam nas luzes inexistentes ao fundo dos túneis.

A continuação da luta é o caminho. As propostas da CGTP e as do PCP, entre outras, indicam um caminho que cada  vez é mais aceite por muitos portugueses.

1 comentário:

Rogério G.V. Pereira disse...

... e continuará, até que a verdadeira violência seja suspensa!