quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Arre, que é demais! Passos Coelho neoliberal, autista, sem projecto, só pensa em tornar cada vez pior a vida dos portugueses



As declarações de ontem de Passos Coelho foram uma ameaça contra os portugueses.
O 1º Ministro espanta-se com algumas metas não atingidas e não reflecte sobre isso que tem origem exclusiva na austeridade. Neoliberal voluntarista, fortemente autista e ameaçador, Passos Coelho revela que já não conta com o País. Reflecte a ausência de força anímica de um governo que fala para si próprio, num desdobrar de declarações onde uma linha comum já se não vislumbra, antes se antevendo pelas declarações avulsas e auto-elogios deste ou daquele que essa linha não existe.
E por isso não é por acaso que Passos Coelho não fala de futuro.
Promete propinas no ensino secundário (!!!), remetendo o ensino obrigatório para o pagamento das famílias, e liquidando-do como factor de democratização multilateral na sociedade. Novos cortes nas prestações sociais, na saúde são aquilo de que sabe falar, conformando-se com nível de desemprego e achando bem que aí tenha chegado. Sobre crescimento e investimento nem uma palavra e a recusa do alargamento dos prazos de pagamento e do valor das dívidas invocando que não quer mais empréstimos (quem quer?) porque, pura e simplesmente, se fechou ao alargamento do mercado interno e do aumento da produção... . Para ele o futuro é este vórtice imparável para o abismo.
Este governo já quase não conta e, por isso, os portugueses aspiram a uma alternativa. As esquerdas têm responsabilidades de tomar iniciativas mas o PS tem que romper com os compromissos que assinou com a troika.
O caminho vai ter que ser outro para haver uma possibilidade de convergência à esquerda em conformidade com o que os portugueses, dos mais diferentes sectores têm, manifestado nas ruas do país.
Seria o prolongar do desastre se o PS voltasse à crispação do "Só, só PS!" para se candidatar a uma rotatividade no poder para fazer a mesma política.
Este é que era o bom motivo para uma carta-aberta...

 

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