Porém a história não se conforma com esse ferrete.
A guerra ao terrorismo é uma guerra de conquista tal como a globalização facilita uma nova ordem mundial, dominada pela Wall Street e pelo complexo militar-industrial dos EUA. As teses de "conspiração", até agora remetidas para o limbo da credibilidade, tornaram-se em hipóteses de trabalho com forte probabilidade de se aproximarem da realidade. O império alarga-se com as corporações norte-americadas ao mesmo tempo que nos EUA se criaram novos meios de "segurança interna" do Estado.
As várias organizações terroristas foram criadas com o apoio dos EUA e a criação de um califado pan-islâmico foi trabalhado no seio da sua inteligência.
A criação e apoio à Al Qaeda, foi montada há já muitos anos depois do fim da guerra fria. Os talibans que derrubaram o governo afegão, apoiado pela URSS, e que a derrotaram militarmente num cenário desfavorável, não tinham a idéia de estarem a trabalhar para os EUA a não ser ao nível das suas cúpulas. Com o apoio dos EUA instalou-se no Afeganistão um regime radical que deitou por terra o projecto de um país laico, a generalização da educação e ensino, um processo bem sucedido de emancipação da mulher e da realização da sua igualdade pelo trabalho.
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Mas, para sucesso das suas operações, a estratégia da inteligência dos EUA, garante que os terroristas, excepto poucos na cúpula, dispõem do apoio efectivo dos EUA.
Criar um "inimigo" contra o qual se arremessam discursos violentos é necessário à intervenção norte-americana, dá alguma credibilidade à necessidade de fazer a guerra. Para esconder os verdadeiros objectivos económicos e estratégicos dos EUA na Eurásia, que o aproximará das fronteiras da Rússia e da China.
Para isso conta com o Paquistão que tem tido papel muito importante na progressão no Afeganistão e o tem, seguramente, na ofensiva contra o Irão.
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