Porém a história não se conforma com esse ferrete.
A guerra ao terrorismo é uma guerra de conquista tal como a globalização facilita uma nova ordem mundial, dominada pela Wall Street e pelo complexo militar-industrial dos EUA. As teses de "conspiração", até agora remetidas para o limbo da credibilidade, tornaram-se em hipóteses de trabalho com forte probabilidade de se aproximarem da realidade. O império alarga-se com as corporações norte-americadas ao mesmo tempo que nos EUA se criaram novos meios de "segurança interna" do Estado.
As várias organizações terroristas foram criadas com o apoio dos EUA e a criação de um califado pan-islâmico foi trabalhado no seio da sua inteligência.
A criação e apoio à Al Qaeda, foi montada há já muitos anos depois do fim da guerra fria. Os talibans que derrubaram o governo afegão, apoiado pela URSS, e que a derrotaram militarmente num cenário desfavorável, não tinham a idéia de estarem a trabalhar para os EUA a não ser ao nível das suas cúpulas. Com o apoio dos EUA instalou-se no Afeganistão um regime radical que deitou por terra o projecto de um país laico, a generalização da educação e ensino, um processo bem sucedido de emancipação da mulher e da realização da sua igualdade pelo trabalho.
O ex-agente da CIA Milton Beardman referiu, em 1988, que Bin Laden lhe terá dito que "nem eu nem os meus irmãos vimos indícios do apoio americano". Depois de Reagan ter recedbido na Casa Branca dirigentes talibaznos, Bush continuou a apoiar, através do ISI do Paquistão, vários grupos terroristas instalados em território paquitanês. Nas suas acções estes grupos pretendem também ganhar apoio interno nalguns países da região , crir divisões no seio de cada país do Médio Oriente e da Ásia Central e no próprio Islão, até para impedirem a emergência de movimentos sociais fortes que pusessem em causa os interesses imperiais dos EUA.
Mas, para sucesso das suas operações, a estratégia da inteligência dos EUA, garante que os terroristas, excepto poucos na cúpula, dispõem do apoio efectivo dos EUA.
Criar um "inimigo" contra o qual se arremessam discursos violentos é necessário à intervenção norte-americana, dá alguma credibilidade à necessidade de fazer a guerra. Para esconder os verdadeiros objectivos económicos e estratégicos dos EUA na Eurásia, que o aproximará das fronteiras da Rússia e da China.
Para isso conta com o Paquistão que tem tido papel muito importante na progressão no Afeganistão e o tem, seguramente, na ofensiva contra o Irão.
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