Se alguém tinha dúvidas sobre o sentido da retirada das tropas de combate, Obama esclareceu-o. O povo que o elegeu, principalmente pelo repúdio da guerra ilegal, iniciada por Bush e os seus parceiros, terá ficado frustrado. Quando, em vez de palavras sobre o recuo no carácter agressivo das forças armadas, ouviu o elogio de Bush e da componente militar do império.
Sobre o regresso dos soldados, aspiração dos norte-americanos, fica a desilusão de permanecerem ainda no Iraque cerca de 50 mil, designados para treinar e assessorar as forças de segurança iraquianas. E a certeza de que os EUA não tencionam retirar as suas forças e continuam a construir para elas bases militares, objectivo definido pela administração Bush como forma de assegurar a hegemonia norte-americana no Golfo Pérsico, rico em petróleo.
Obama não esclareceu a mentira em que assentou a intervenção de 2003 de que Saddam Hussein tinha desenvolvido armas de "destruição massiva" para atingirem os lares norte-americanos...
Faltaram palavras sobre a fuga de milhões de iraquianos do território por causa da guerra e sobre as vítimas que nela padeceram, nomeadamente populações civis, sobre as quais não houve uma palavra de lamento sobre as atrocidades cometidas pela tropa.Todos gostaríamos que fosse diferente. Mas não é. E o que augura é terrível.
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