Obama, que levou para o seu périplo no Sudeste Asiático, o objectivo de conseguir o isolamento de Mianmar (antiga Birmânia), com as actuais eleições a decorrer e que ele decidiu não considerar democráticas, parece ter fracassado.
A maioria dos países não aceitaram ingerências internas, como os EUA e a Inglaterra realizaram neste período de forma descarada. Optaram por considerar positiva a realização destas eleições e esperar que elas permitam uma maior abertura do regime.
O PSDU, com manifestas simpatias pelo militares que ocupavam o poder, terá obtido cerca de 80% dos votos, contra os restantes partidos, com destaque para a FDN, o maior deles que se afastou das posições radicais de Aung San Suun Kyi, à beira de ver terminado o período de prisão domiciliar, em que tem estado e que o poder actual tinha confirmado em libertar depois das eleições (próximo dia 13) quando atingido o limite da pena que sofrera.
A FDN e um outro partido reconheceram a derrota.
O LND que ainda se revê em Aung Kyi, tentou boicotar as eleições. Ao mesmo tempo que assim procediam, a guerrilha autonómica da União Nacional Karen desencadeou acções militares. Ontem centenas de guerrilheiros seus atacaram forças regulares do Exército de Mianmar, com elevado número de baixas de ambos os lados e para a população civil que fugiu da zona de TPP para a Tailândia, tendo este país proposto o regresso dos cerca de 10 mil aldeões a Mianmar.
As fontes de informação próprias de Mianmar estão bloqueadas pelas agências internacionais que se têm limitado a espalhar a interpretação de Washington, e uma imagem de Aung San Suu Kyi que já não corresponde à relidade de há anos atrás. Os seus apoiantes dividiram-se com o seu radicalismo e carácter impositivo e os habitantes não lhe perdoaram o apoio às sanções que os afectaram a eles e não ao regime.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
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2 comentários:
"O PSDU, (...), terá obtido cerca de 80% dos votos."
"PSDU e FDN reconheceram a derrota."
Em que é que ficamos?
Já corrigi a gralha. Obrigado. Tinha toda a razão.
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