segunda-feira, 28 de junho de 2010
O despertar político global e a nova ordem mundial, de Andrew Gavin Marshall
Provocadores da polícia nas manifestações pacíficas a propósito da cimeira dos G20 em Toronto
O Nobel da Economia, norte-americano, Joseph Stiglitz, citado no Público de hoje
Para o Nobel da Economia, o problema dos Estados Unidos é que o estímulo fiscal não foi o que era necessário. Depois dos ataques dos mercados financeiros à Grécia e a Espanha, o consenso aponta para a poupança por parte dos governos, critica Stiglitz que compara a situação actual com a dos Estados Unidos durante a presidência de Herbert Hoover.
Os governos, como o britânico, não só se negam a estimular a economia, como também se dedicam a cortar no gasto, como fez Hoover em 1929. “Hoover acreditava que quando se entra em recessão, aumenta os défices, pelo que optou por cortes e isto é precisamente o que querem agora os estúpidos mercados financeiros que nos colocaram na situação em que estamos”, disse o prémio Nobel.
Segundo Stiglitz, é o clássico erro de confundir a economia de uma família com a de uma nação. “Se uma família não pode pagar as suas dívidas é-lhe recomendado que gaste menos. Mas numa economia nacional, se se corta o gasto, a actividade económica cai, nada se inverte, aumenta o gasto com o desemprego e acabasse sem dinheiro para pagar as dívidas”, disse.
A resposta à crise, defende Stiglitz, não é reduzir o gasto público mas redefini-lo reduzindo, por exemplo, a verba que é gasta na guerra do Afeganistão e aumentando o investimento em áreas como a investigação e o desenvolvimento.
sábado, 26 de junho de 2010
Carlos Pato, 60 anos sobre o seu assassinato pela PIDE no Forte de Caxias
sexta-feira, 25 de junho de 2010
João Ferro
quinta-feira, 24 de junho de 2010
O grande abafador
Segundo a ZON, "Desde 2003 é gestor global dos Canais Lusomundo e responsável pela totalidade das operações da Lusomundo Audiovisuais, nomeadamente nas vertentes de distribuição de cinema e Home Vídeo Durante a sua actividade profissional tem sido responsável pela selecção, aquisição e programação de uma grande variedade de obras, nomeadamente filmes, documentários, animação, séries."
quarta-feira, 23 de junho de 2010
“Um pacto para o emprego ou o para desemprego?”, de Eugénio Rosa
Numa altura em que se fala num Pacto para o Emprego, Eugénio Rosa, com base num estudo do Governo sobre "Emprego, contratação colectiva de trabalho e protecção da mobilidade profissional em Portugal", desmonta a perspectiva de emprego prometida nos PEC 1 e PEC 2.
Como é que se pode falar num "Pacto para o Emprego" quando, para além da situação que os próprios dados de um estudo do Ministério do Trabalho revelam, se aprova um "PEC1" e um "PEC2" que contém medidas que vão inevitavelmente determinar um menor crescimento económico (e o Banco de Portugal já tinha previsto que em 2010 seria apenas de 0,4%) e uma maior destruição de emprego e, consequentemente, o aumento rápido do desemprego que os dados do INE, do Eurostat, e mais recentemente da OCDE mostram que é uma situação cada vez mais insustentável (recorde-se que, perante a fraqueza do governo de Sócrates, a Comissão Europeia veio exigir novos cortes no défice em 2011 no montante de 2.500 milhões € o que se for aceite, torna a situação ainda mais insustentável)? Como é que se pode falar de "Pacto para o Emprego" quando se prevê a perpetuação das baixas qualificações em Portugal, e quando os salários reais diminuem e afastam-se cada vez mais dos salários médios da UE? Como é que se pode falar seriamente de um "Pacto para o emprego" quando se impõe a caducidade administrativa de um número crescente de Contratos Colectivos de Trabalho deixando de fora da protecção da contratação colectiva milhares de trabalhadores? Como é que se pode falar em Pacto para o Emprego, o patronato apoiado no poder dado pelas leis aprovadas pelo governo do PSD/CDS e pelo governo de Sócrates impõem salários contratuais que se afastam cada vez mais dos salários reais? São estas as questões que se deixam aqui para reflexão.
sábado, 19 de junho de 2010
Não esqueceremos
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Os teus livros e as tuas reflexões são elemento essencial do nosso futuro colectivo
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Quirguistão: pequeno país mas de alta importância estratégica
1. O Quirguistão é um país quase totalmente montanhoso e sujeito a graves terramotos. O país fica na junção de dois grandes sistemas montanhosos da Ásia Central, o Tien Shan e o Pamir, que compreendem uma série de cadeias de montanhas, que vão do leste para o oeste. Mais da metade do território da república situa-se numa elevação de aproximadamente
A composição étnica é no total da população de 4,7 milhões (2000), sendo quirguizes 52%, russos 22%, uzbeques 13%, ucranianos 2,5%, alemães 2,4%, tártaros 1,6%, outros 6,5% (1996).
A nacionalidade é kirguiz, o kirguiz é a língua oficial, seguida pela Rússia. No que respeita à religião prosseguida: islamismo 70% (sunitas), cristianismo 5,7% (ortodoxos russos), outras 24,3% (dados de 1997).
Os principais partidos são o Comunista Quirguiz e o Social-Democrata da Quirguízia. E o legislativo é bicameral, com uma Assembleia Legislativa de 35 membros e a Assembleia do Povo com 70 membros. Ambos eleitos por voto directo para mandatos de cinco anos. A constituição actual está em vigor desde 1993.
2. Tal como outros países da Ásia Central, ex-soviéticos, depois do colapso da URSS, adaptou pouco a sua estrutura e composição política.
O presidente Askar Akayev foi deposto por um golpe organizado pelos EUA, em 2005, assim que se concretizou um compromisso de apoio financeiro por parte da China, potência interessada em alargar a sua influência regional.
Sucedeu-lhe Kurmambek Bakiyev, aliado dos americanos que concedeu aos EUA uma base militar, a pretexto da luta antiterrorista que os EUA que puseram em prática para “legitimar” o seu avanço para uma zona rica em petróleo que os acercava dos territórios da Rússia e China. No caso do Quirguistão salienta-se ainda uma importante mina de ouro descoberta do tempo da URSS (e gerida pelo Canadá, com o apoio dos EUA) e outros minerais utilizados em meios estratégicos, como o urânio e o antimónio.
A “revolução túlipa” fez entrar no país ONGs apoiadas e dirigidas pela administração americana em todo o processo de liquidação do mundo socialista.
Este presidente assumiu políticas de privatização, aumentos de preços e pauperização de importantes sectores da população e tinha prevista uma alteração constitucional que previa uma sucessão dinástica dos altos cargos e, por isso, viria a cair na sequência de uma revolta popular muito bem organizada, num processo em que os rebeldes chamaram a si a polícia e o exército, deixando o presidente deposto sem apoios para retomar o poder. Os EUA começaram por apoiar Bakiyev, mas em poucos dias acabaram por ir ao encontro dos revoltosos, que rejeitaram um outro sucessor presidencial que os EUA fizeram avançar – Eliseev.
Os revoltosos formaram, um governo provisório, dirigido pela senhora Otosenbaieva que, entretanto, obteve apoio económico dos EUA (garantindo a continuidade da sua base) e URSS mas não a intervenção militar deste pedida pelo governo provisório à Rússia.
3. Há portanto 3 grandes potências a observar a situação, que ainda não se pacificou.
Os EUA, que aspira ao império mundial, querendo alargar a sua presença e domínio em países a muitos milhares de quilómetros das suas fronteiras. A Rússia e a China que partilham preocupações sobre o “contágio” em possíveis conflitos no seu próprio território que aproveite conflitos entre etnias, sobre a segurança dos meios energéticos e sobre a aproximação dos seus territórios de bases militares norte-americanas.
A China, em particular, está interessada em manter o seu papel de liderança de uma economia regional onde tem actuado com grande eficácia e não aceitar que esta seja “tutelada pelos EUA”.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Ainda o aniversário da adesão de Portugal à CEE
Alvaro Cunhal
sábado, 12 de junho de 2010
Parque dos Moínhos de Santana
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 10 de junho de 2010
O mundial de África
quarta-feira, 9 de junho de 2010
A grande depressão do séc. XXI
Na introdução os autores salientam
"A crise económica é acompanhada por um processo de militarização do mundo inteiro, uma "guerra sem fronteiras" liderada pelos Estados Unidos da América e pelos seus aliados da NATO.
A condução de uma "guerra" longa pelo Pentágono
está intimamente relacionada com a reestruturação da economia. O colapso dos mercados financeiros no período 2008/9 foi resultado de fraude institucionalizada e manipulação financeira. Os apoios aplicados às instituições da Wall Street (bank bailouts) traduziram-se na maior transferência de riqueza em dinheiro da História e criaram, simultâneamente, uma dívida pública inultrapassável.
Com a deterioração dos padrões de vida a nível mundial e a queda das despesas dos consumidores, toda a estrutura das trocas comerciais internacionais passou a estar em perigo.
O sistema de pagamentos de transacções em dinheiro foi afectado. Após o aumento do desemprego, interrompe-se o pagamento dos salários, o que provoca por um lado uma queda das despesas em bens de consumo e em seviços de primeira necessidade.
Esta queda drástica do poder de compra sabota o sistema produtivo e daí resultam novos despedimentos, encerramentos de unidades produtivas e falências.
Agravada pelo congelamento do crédito, a queda da procura do consumidor contribui para a desmobilização dos recursos humanos e materiais".
Desgusting...
terça-feira, 8 de junho de 2010
Um intervalo sem aviso prévio
Foram dias em que fui acompanhando à distância a situação nacional e internacional, com acontecimentos que tiveram grande importância.
Desde logo a grande manifestação contra a política anti-social do governo com cerca de 300 milhares de pessoas que se revelou como poderosa força de rejeição de uma política de direita que favorece a crise e aprofunda todos os seus factores em benefício dos mais poderosos.
Outra foi o ataque terrorista de uma força militar israelita contra cidadãos provenientes de vários organismos que foram impedidos de chegar a Gaza com a sua solidariedade e que provocou a morte de vártios deles. UE, EUA e outros organismos, lavaram a alma com condenações sem eficácia prática do acto terrorista. Obama, preso ao lobbie sionista que o apoiou nos EUA continuará a contar com Israel como poderoso aliado.
O PSD, no encalce do PS pretende impôr mudanças reaccionárias nas relações do trabalho, defendendo a necessidade de "criar postos de trabalho" com uma desfaçatez e falta de vergonha que importa assinalar por parte de uma nova direcção que tanto balalou sobre ética e valores e trabalhou "tão profissionalmente" a imagem do seu presidente.