Georges Bernard Shaw
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Banjo Duel, por Jorge
Quem é Ricardo?, filme de José Barahona e Mário de Carvalho, de 2004
Carlos Porto deixou-nos
Carlos Porto, pseudónimo de José Carlos da Silva Castro, nasceu no Porto em 1930 e notabilizou-se sobretudo na crítica de teatro durante quase cinquenta anos, sobretudo no Diário de Lisboa e no Jornal de Letras.
Foi destacado militante do PCP e referência para todos quantos trabalharam no Teatro e nos meios culturais em geral, mesmo quando a actividade crítica provocava noutros, incluindo amigos seus, reacções agrestes.
Foi um dos fundadores da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e deixou obra como poeta, dramaturgo e tradutor, estando publicados, entre outros, «10 Anos de Teatro e Cinema em Portugal 1974-1984», «O TEP e o teatro em Portugal», «Fábrica Sensível» e «Poesia Cega».
Maria Helena Serôdio, directora da revista Sinais de Cena e amiga do crítico de teatro, recordou hoje à agência Lusa que Carlos Porto «foi um dos grandes fazedores de opinião pública em termos de teatro».
«Era um crítico muito respeitado e por vezes muito temido, que provocou algumas polémicas, mas que respondeu sempre com coragem e frontalidade», disse Maria Helena Serôdio, reforçando o papel que Carlos Porto teve na década de 1970 na divulgação do trabalho de Luís Miguel Cintra e Jorge Silva Melo.
Foi, sobretudo, no Diário de Lisboa que Carlos Porto se destacou, disse Maria Helena Serôdio, «como combatente absolutamente decidido e corajoso sobre a liberdade do teatro, sobre a inovação e sobre o profissionalismo».
O corpo de Carlos Porto estará em câmara ardente a partir das 17:00 de hoje na Igreja de Arroios, em Lisboa.
O funeral sairá às 15:00 de quinta-feira para o cemitério dos Olivais, em Lisboa.
Congresso Internacional Fernando Pessoa
Entre os muitos congressistas portugueses e estrangeiros que se deslocam para este encontro, destacam-se as presenças de Antonio Cicero, Antonio Saéz Delgado, Anna Klobucka, Arnaldo Saraiva, Eucanaã Ferraz, Fernando Cabral Martins, Fernando J.B. Martinho, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz, Ivo Castro, Jerónimo Pizarro, João Botelho, José Blanco, José Gil, Júlio Pomar, Ken Krabbennhoft, Leyla Perrone-Moisés, Manuela Nogueira, Maria Lúcia Dal Farra, Nuno Júdice, Paulo Cardoso, Patrick Quillier, Richard Zenith, Robert Bréchon e Teresa Rita Lopes.
As inscrições para este Congresso (limitadas a 130 participantes, e com condições especiais para estudantes) estão abertas na Casa Fernando Pessoa.
Data: 25 a 28 de Novembro de 2008Local: ATL-Associação de Turismo de Lisboa, Rua do Arsenal, nº15Inscrições: Casa Fernando Pessoa, até 20 de Novembro (limitadas a 130)Preço: Estudantes: 20€ Professores: 30€ Geral: 50€
O pagamento é efectuado, em numerário, no acto da inscrição.
[O programa completo do Congresso será divulgado na próxima semana.]
Casa Fernando Pessoa
Câmara Municipal de Lisboa
Rua Coelho da Rocha, nº 16
1250-088 - Lisboa Portugal
Telf: + 351 21 391 32 75
http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt/
http://mundopessoa.blogs.sapo.pt/
O mundo acusa os E.U. de ignorar a opinião unânime da comunidade internacional quanto à manutenção do embargo à Cuba
terça-feira, 28 de outubro de 2008
O sapateado de Eleanor Powell e Fred Astaire no filme “Melodia da Broadway” ( 1940)
Sabemos que terminou uma era mas não sabemos o que vem aí, diz Eric Hobsbowm
O académico inglês Eric Hobsbawm é referido como um dos mais influentes historiadores vivos pela revista New York Review. Marxista, é autor de uma brilhante produção académica ao longo dos últimos três séculos de história ocidental. Nos seus 91 anos, diz que o descalabro financeiro é equivalente do colapso da URSS e do fim de uma era. "Sabemos que terminou uma época, mas não sabemos o que vem aí", disse ele há dias, numa longa entrevista concedida à BBC, em Londres, onde reside. Este é um trecho desse diálogo.
- Será que o estatismo vai regressar?
- É sem dúvida a mais grave crise do capitalismo desde os anos 30. Penso que esta crise é mais dramática para os mais de 30 anos de uma certa ideologia teológica, a do mercado livre. Para tal como Marx, Engels e Schumpeter tinham previsto, a globalização, que é inerente ao capitalismo, não só destrói um legado histórico, como também é incrivelmente instável: opera através de uma série de crises. E esta está a ser reconhecida como o fim de uma época específica. Sem dúvida, vai passar-se a falar mais de John Keynes e menos de Milton Friedman. Todos concordam que haverá um maior papel para o Estado. Já vimos o estado como prestamista de último recurso. Talvez regressar à ideia do Estado como o empregador de último recurso, que é o que foi o que aconteceu nos EUA com o New Deal. De qualquer forma será uma aventura de intervenção pública e de iniciativa, que irão orientar, organizar e dirigir também a economia privada. Será uma economia muito mais mista do que tem sido.
- E em relação ao Estado como um redistribuidor?
- Acho que vai ser pragmático como dantes. O que tem acontecido é que, nos últimos 30 anos, o capitalismo global tem operado de uma maneira volátil, excepto, por diversas razões, em países desenvolvidos. Eles têm sido mantidos até um certo ponto, à margem, e, por conseguinte, isso tem sido minimizado. No Brasil nos anos 80, no México nos anos 90, no sudeste da Ásia e na Rússia na década de 90, na Argentina em 2000.Todos sabiam mundo que estas coisas podiam trazer catástrofes no curto prazo. E para nós isso significaria enorme quedas na Bolsa de Londres, mas de seguida, seis meses mais tarde, recomeçamos de novo. Agora, temos os mesmos incentivos que tinhamos nos anos 30: se nada for feito, o perigo político e social é profundo.
- Você estava na Alemanha quando Hitler chegou ao poder. Pode acontecerer qualquer coisa remotamente similar?
- Nos anos 30 o efeito líquido político a curto prazo da Grande Depressão foi o fortalecimento da direita, com duas excepções. Uma deles foi Escandinávia e,curiosamente, os Estados Unidos, onde as reacções foram equivalentes às que B ush teve. Para a esquerda as coisas não correram bem até que chegou a guerra. Por isso, eu acho que este é o principal perigo. A esquerda é praticamente inexistente. Então, parece-me que o principal beneficiário deste descontentamento, novamente, com a possível excepção, de pelo menos, assim o espero, os Estados Unidos, vai ser a direita.
- O que vemos agora é o equivalente à queda da URSS para a direita?
- Sim, eu acho que isto é o equivalente ao dramático colapso da União Soviética. Agora sabemos que ele terminou uma era. Não sabemos o que virá. Temos um problema intelectual: nós achava que eles tinham duas alternativas, ou uma ou outra: ou o mercado livre ou socialismo. Penso que temos de parar de pensar em uma ou outra, e temos de pensar sobre a natureza da mistura.
- Acredita que regressaremos à linguagem do marxismo?
- Em certa medida, é isso que tem sido feito. É bastante estranho que a redescoberta de Marx tenha sido feita por empresários, uma vez que não existe esquerda. Desde a crise dos anos 90, são os empresários que começaram a falar em termos de dizer: "Bem, Marx previu esta globalização do capitalismo e podemos pensar que o capitalismo está confrontado com uma série de crises. Não creio que a linguagem marxista seja predominantemente política, mas intelectualmente, a natureza da análise marxista sobre a forma como opera o capitalismo será realmente importante.
Porque insiste o Governo em não alterar o Estatuto Político-Administrativo dos Açores?
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Indígenas colombianos exigem respostas de Uribe
Prevista pelo governo, segundo a Prensa Latina, para uma sala com 300 lugares, os lideres indígenas propuseram alternativamente que se realizasse ao ar livre na presença das cerca de 40 mil pessoas que realizaram uma grande marcha até à cidade.
Uribe atrasou o encontro para fazer desmobilizar os manifestantes e depois, sem permitir a palavra aos dirigentes indígenas, falou aos que ainda se mantinham para elogiar o trabalho do seu governo em relação aos povos aborígenes, como resposta à reivindicação de entrega de terras e de respeito pelos direitos humanos. Foi assobiado e chamado de paramilitar e mentiroso.
Os presentes propuseram-lhe para hoje um novo encontro no estádio de futebol da cidade.
Regressando ao Zeitgeist
leva-nos a revisitar este filme de Peter Joseph, de há um
ano atrás. Para ver uma parte da série, legendada em português/brasileiro, clicar em
http://www.youtube.com/watch?v=RtIOl11GKdU
Sobre o conjunto do trabalho deste
autor, reproduzimos o que se segue
da wikipedia.
"Zeitgeist, the Movie" é um filme de 2007 produzido por Peter Joseph, que apresenta uma série de teorias de conspiração relacionadas ao Cristianismo, ataques de 11 de Setembro e a Reserva Federal dos Estados Unidos da América.[1] Foi lançado on-line livremente via Google Video em Junho de 2007.[2] Uma versão remasterizada foi apresentada como um premiere global em 10 de Novembro de 2007 no 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards.[3]
O filme é dividido em três partes:
Primeira parte: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história que já foi contada")
Segunda parte: "All The World's A Stage" ("O mundo inteiro é um palco")
Terceira parte: "Don't Mind The Men Behind The Curtain" ("Não obedeças aos homens atrás da cortina") * (*em algumas versões legendadas, uma tradução errada deste título foi "Não te preocupes com os homens atrás da cortina")
Primeira Parte: The Greatest Story Ever Told
A primeira parte do filme é uma avaliação crítica do cristianismo. O filme sugere que Jesus seja um híbrido literário e astrológico e que a bíblia trata de uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas (Egipto, especialmente). A atenção do filme foca-se inicialmente no movimento do Sol e das estrelas, facto este que é uma das características das religiões "pagãs" (pré-cristãs). É então apresentada uma série de semelhanças entre a história de Cristo e a de Hórus, o "deus Sol" egípcio que partilha de todos os predicados do Messias cristão. Há referência sobre o papel de Constantino na formação da Igreja e seus dogmas.
Segunda Parte: All The World's a Stage
A segunda parte do filme foca-se nos ataques de 11 de Setembro de 2001. O filme sugere que o governo dos Estados Unidos tinha conhecimento destes ataques e que a queda do World Trade Center foi uma demolição controlada pelo próprio Governo norte-americano. O filme assegura que a NORAD, entidade responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos, tinha sido propositadamente baralhada no dia dos ataques com exercícios simulados em que os Estados Unidos estavam a ser atacados por aviões sequestrados, justamente na mesma área dos ataques reais; mostra dezenas de testemunhas e reportagens que sugere que as torres ruíram não por causa dos aviões, mas por explosões internas e sabotagem; revela as ligações entre a família Bush e a família Bin Laden, parceiros comerciais de longa data, entre outras teorias intrigantes e alarmantes acerca da política mundial actual.
Terceira Parte: Don't Mind The Men Behind The Curtain
A terceira parte do filme centra-se no sistema bancário mundial, que supostamente tem estado nas mãos de uma elite de famílias burguesas que detém o verdadeiro poder sobre todos os países a eles associados, e na sua conspiração para obter um domínio mundial. Todos eles tem condicionado os media e cometido diversos crimes, muitos deles encenações para fins obscuros. O filme denuncia que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América foi criada para roubar a riqueza dos Estados Unidos e também revela, como exemplo, o lucro que foi obtido pelos bancos durante a Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerras do Vietname, Iraque e Afeganistão, e a futura invasão à Venezuela para obtenção de petróleo e comércio de armamento. O filme descreve a conspiração destes banqueiros, argumentando que o objectivo deles é o controle sobre toda a raça humana através da implantação de um chip localizador e identificador através do qual todas as operações e interacções humanas serão realizadas, escravizando por fim a humanidade. E sustenta que estão secretamente a criar um governo unificado, com exército unificado, moeda unificada, e poder unificado, e que servirá apenas aos interesses dessa elite. Segundo o filme, o aspecto mais impressionante disso tudo é que tais mudanças serão aceites , naturalmente, pelo próprio povo que está a ser manipulado pelos media.
Referências
[1] Shaw, Charles. (October 21, 2007) Scoop Independent News. Mythology and Iconoclasm of Zeitgeist The Movie; The Big Lie: Parsing the Mythology and Iconoclasm of Zeitgeist: The Movie.
[2] Google Video Zeitgeis, The Movie (Official Release - Full Film)
[3] News Blaze (November 10, 2007) 4th Annual Artivist Film Festival & Artivist Awards "Merging Art & Activism: Saturday Night Film "Zeitgeist"
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
A frase de fim-de-semana, por Jorge
Registos da semana de 20 a 26 de Outubro
24/10/08, Alan Greenspan, citado pelo Público” – “Presumi, erradamente que o interesse próprio das organizações, nomeadamente dos bancos, era suficiente para que eles protegessem os seus accionistas”
Lemos na semana de 20 a 26 de Outubro
Dominic Rushe, Sunday Times, 26/10/08 - Nouriel Roubini: I fear the worst is yet to come - When this man predicted a global financial crisis more than a year ago, people laughed. Not any more...
Nouriel Roubini, "Do colapso financeiro à depressão global?", Jornal de Negócios, 23/10/08 - O sistema financeiro do mundo rico está em risco de se desmoronar. Os mercados accionistas têm caído quase todos os dias, os mercados monetários e os mercados do crédito foram-se fechando à medida que os "spreads" das suas taxas de juro disparavam e é ainda demasiado cedo para dizer até que ponto é que a série de medidas adoptadas pelos Estados Unidos e pela Europa vai conter, de forma sustentada, esta hemorragia.
Tanya Cariina Hsu, in Global Research, 23/10/08, “A morte do império americano”, – “Creio que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que os exércitos permanentes” (Thomas Jefferson, presidente dos EUA, 1743 - 1826).
Albert Ricchi, "En terminer avec les crises financières el l´économie casino", em Cent Papiers, 21/10/08, - Depuis janvier 2007, des experts indépendants avaient prévu la crise des subprimes et son aspect systémique, l’effondrement du système avec la gangrène fatale des fonds de pension et les conséquences directes notamment pour des dizaines de millions de baby-boomers retraités.
Tariq Ali, New Left Review "Afganistão: a miragem de uma boa guerra", Mar/Abril 2008 - Reasons for the West’s stalemate in Afghanistan sought neither in lack of troops and imperial treasure, nor in Pakistani obstruction, but in the very nature of the occupation regime. Tariq Ali on the actual results of ‘state-building’ in the Hindu Kush, as a broken country is subjected to the combined predations of NGOs and NATO.
Peter Gowan, “Twilight of the nuclear non-proliferation treaty”, na New Left Review, Jul/Agosto 2008, - Peter Gowan asks why such an unequal treaty has attracted so many adherents—and why its superpower beneficiary has sought to undermine it. Do impasses around the NPT signal failures for US dominance?
Ellen Brown, "Finantial Meltdown:the great transfer of wealth in History", in Global Research, 17/10/08, Depuis janvier 2007, des experts indépendants avaient prévu la crise des subprimes et son aspect systémique, l’effondrement du système avec la gangrène fatale des fonds de pension et les conséquences directes notamment pour des dizaines de millions de baby-boomers retraités.
A asneira militante, de vocação instável e fachada moralista
Ó Ribeiro e Castro !…
E sobre o Kosovo, Ribeiro e Castro, não quer comentar a cambalhota, claramente dada pelo mesmo primeiro-ministro para aceitar a pressão de Bush?
Presidente chinês põe os pontos nos ii
Disse que face a este desafio global, a comunidade internacional deve promover uma política de coordenação, fortalecer a cooperação e dar uma resposta comum», disse Hu Jintao na abertura da cimeira da ASEM VII (Encontro Ásia-Europa), que decorre até sábado em Pequim e na qual Portugal está representado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
Mas, para ele, a China deve em primeiro lugar e acima de tudo gerir bem dos seus próprios assuntos. O presidente da China lembrou o desenvolvimento recente do seu país, dizendo que, desde o início deste ano, a China havia tomado medidas para resolver de forma robusta as complexas mudanças no ambiente económico mundial e os desafios graves por elas colocados. Referiu ainda ter-se o país mantido relativamente estável e com um rápido crescimento económico e desenvolvimento do sector financeiro. Os fundamentos da economia chinesa não mudaram, disse Hu. No entanto, segundo ele, a crise financeira mundial tinha aumentado sensivelmente as incertezas e factores de instabilidade no desenvolvimento económico da China. A China é agora confrontada com muitas dificuldades económicas e desafios ao esforço que fez. A China é um país em desenvolvimento com 1,3 mil milhões de pessoas e a economia chinesa está cada vez mais interligada com a economia mundial. A solidez do crescimento económico da China é em si um grande contributo para a estabilidade financeira global e do crescimento económico. É por isso que devemos, acima de tudo gerir os nossos próprios assuntos. Disse ainda que, à luz da evolução da situação económica nacional e internacional, a China iria fazer na sua regulação macroeconómica medidas mais pró-activas com uma vigorosa expansão da procura interna, nomeadamente a procura dos consumidores, a manutenção da estabilidade económica e financeira e a estabilidade do mercado de capitais, embora se continue a promover um rápido desenvolvimento económico e social.
Esta intervenção do Presidente chinês define posições de princípio e afasta-se do estilo boçal de dirigentes da EU, como Durão Barroso, que, apesar de irem pedir batatinhas à China, patrocinaram a atribuição do Nobel da Paz a um adversário do regime e reclamaram na véspera da cimeira que “nenhum país pode estar imune à crise” ou que “as sociedades abertas, as democracias, precisam de regras bem como os mercados”, numa clara orientação de que os chineses devem abdicar do alargamento do mercado interno e aceitar as regras da democracia da EU e as regras (?) dos mercados que têm sido desregulados com as suas atitudes aventureiras.
Tigres de papel…
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
O Partido Comunista da Venezuela, as próximas eleições e as relações com Chavez
Durão Barroso pateta e patético para com a China
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
OE 2009: quebra no investimento público, perspectiva recessiva e de agravamento das condições sociais
Consultar este estudo de Eugénio Rosa em
Importante vitória popular: Bolívia referenda nova Constituição em 25 de Janeiro
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
Lemos na semana de 16 a 22 de Outubro
Paul Craig Roberts, "O plano de apoio não passou no teste do cheiro", Counterpunch 14/102008 - A solução para a crise não corresponde às causas identificadas para esta e a transparência do processo está a desaparecer a não ser no caso da concentração financeira que vai provocar por parte de vigaristas que se vão apoderar das reservas dos contribuiontes edos bancos centrais nos EUA e na Europa.
Vitor Dias, “A falta que a memória faz”, no blog O tempo das cerejas, 14/10/2008, - Havendo lata e porque agora se trata de dinheiro e riscos do Estado, até se pode usar, quando convém, a argumentação que antes se rejeitava e repelia em outras e distintas vozes.
Michel Chossudovsky "Quem está por trás do colapso financeiro?". Artigo no Global Research 14/10/2008.O mercado financeiro está muito manipulado. E pode ser uma actividade muito lucrativa desencadear o colapso do mercado
Ramon Muñoz, "Culpables, milionarios y impunes", El Pais 12/10/2008 - Os executivos dos bancos que, com impunidade, adquirem prerrogativas de uma casta, apesar de terem siodo os responsáveis pela crise financeira. Tendo sido parte do problema, homens como Paulson, são-no servidos com heróis de soluções
Immanuel Wallerstein, "O fim do sistema capitalista" - uma previsão de um não marxista de acordo com os ciclos conjunturais de Kondratieff e Schumpeter. Entrevista ao Le Monde de 11/10/2008.
Registos da semana de 16 a 22 de Outubro
17/10/08 - "A confiança que se pede é precisamente entre os mesmos beneméritos da política e das finanças que organizaram e provocaram o desastre" – V. Pulido Valente no Público
16/10/08 - "Al Capone não pedia, nem prometia ou dava vantagens; disponibilizava generosas avenças mensais para todos os agentes" – Cândida Almeida à Lusa
16/10/08 - A crise internacional acabou por ser o balão de oxigénio de que o Governo necessitava para fazer frente às próximas eleições legislativas" – M. Filomena Mónica, Público
16/10/08 - “A um ano das eleições, em plena de preparação do Orçamento de Estado, sai-lhe na rifa uma crise financeira mundial. Nem que fosse encomendada, ou planeada resultaria melhor. Agora todos os problemas dos portugueses podem ser atribuídos à malfadada crise” – F. Penin Redondo no dotecom.blogspot.com
16/10/08 - "A entrega do Orçamento foi adiada três horas e meia por alegada falha no sistema informático. No fim-de-semana passado, muitos lisboetas apanharam verdadeiros sustos com uma falha generalizada no sistema de multibanco, chegando a gerar pânico em alguns. Muitas pessoas já não usam dinheiro, ainda que para compras de muito reduzido montante... só o plástico. Isto exemplifica a fragilidade em que as nossas vidinhas assentam: uma falha de multibanco e supermercados, farmácias, em suma, pára tudo (como no sistema financeiro). Estamos a ficar tão dependentes de tanta coisa que nos escapa e que pode falhar com consequências absolutamente paralisantes em questões essenciais" – Paula Teixeira da Cruz, no Correio da Manhã
15/10/08 - “A Europa está cada vez mais laminada pela selvajaria de uma condição nocturna e tirânica, que se abateu sobre a ideia de democracia e civilização” – Baptista-Bastos, no DN
15/10/08 - "Fundos criados para gerir arrendamentos não serão exclusivos do Estado" – manchete do Diário Económico a partir de declarações de Teixeira dos Santos.
15/10/08 - "O nosso mundo intelectual é mais pequeno que o do séc. XIX (...) há cem anos que não temos uma preparação intelectual de "alta competição" – Paulo Varela Gomes – Público
13/10/08 - “Sócrates já iniciou o discurso de desculpabilização do governo. Segundo ele, este estava a fazer um bom trabalho com resultados surpreendentes que se tinham já traduzido na recuperação da economia e no crescimento económico. Mas agora uma crise externa imprevisível, de que não tem culpa, veio estragar o bom trabalho que estava a fazer. É este o novo discurso de desculpabilização do governo, que interessa analisar e confrontar com dados mesmo do FMI, Eurostat e Banco de Portugal sobre a evolução do nosso País nos últimos anos” – Eugénio Rosa em http://www.resistir.info/
A bomba atómica que os EUA terão lançado sobre o Iraque em 1991
O veterano Jim Brown, ex-militar americano com dez anos de experiência militar, revelou na semana que passou a dois jornalistas italianos, que os Estados Unidos lançaram uma bomba atómica contra a cidade iraquiana de Basra, em 27 de Fevereiro de 1991, durante a operalção Tempestade no Deserto, conduzida contra o Iraque.
A denúncia foi difundida pelo canal Railnews24, da RAI, estação pública italiana, pelos jornalistas Maurizio Torrealta e Alessandro Rampietti.
Jim Brown conta que a bomba nuclear lançada, com cerca de cinco quilotoneladas, é chamada pelos militares americanos de ''bomba nuclear de potência variável''. A notícia foi também citada pelo jornal espanhol El País na primeira página da edição da passada quinta-feira, dia 9.
Se se confirmar a denúncia, esta bomba seria a terceira lançada por um governo contra outro país em situação de guerra, após os lançamentos de Agosto de 1945, contra Hiroxima e Nagasaki.
''Basicamente trata-se de uma bomba de penetração de alta eficiência. Uma vez lançada, penetra dentro do objectivo, neste caso dentro da terra, onde explode. É utilizada também para que se evite o acesso a certas áreas, já que a região inteira emite radiações, o que é uma mensagem muito eficaz se se deseja que alguém se mantenha longe desse lugar. Chama-se Bunker Booster''.
Os jornalistas entrevistaram também um médico iraquiano que trabalhou em Basra em seguida à Guerra do Golfo. Jawal al Ali contou que os índices de pessoas que apresentaram cancro, após a guerra, aumentaram de forma surpreendente. Al Ali exibiu também fotografias de casos raros de cancro em crianças da região.
Os jornalistas procuraram também o Departamento de Estado americano, que negou, por meio de uma comunicação escrita, que tivesse utilizado armas não convencionais durante o conflito. Segundo o comunicado, apenas uma bomba, a BLU-82, excederia os 2 mil quilos de massa de capacidade explosiva. Mas os jornalistas afirmam que ela não teria condição de produzir um tremor sísmico como o verificado na região de Basra no dia do suposto lançamento da arma nuclear.
Segue-se parte da entrevista.
Apresente-se, por favor.
Quando esteve no Iraque?
O que ocorreu ali que ainda não é conhecido?
Os militares americanos, junto com seus aliados, lançaram uma bomba nuclear de cerca de cinco quilotoneladas de potência na zona de Basrá, no Iraque.
Onde a lançaram?
Entre a cidade de Basra e a fronteira com o Irão.
Quem a lançou?
O serviço foi feito por militares americanos. É uma bomba nuclear de cinco quilotoneladas que tem o nome de ''bomba nuclear de potência variável''.
Que tipo de arma era?
Basicamente trata-se de uma bomba de penetração de alta eficiência. Uma vez lançada, penetra dentro do objectivo, neste caso dentro da terra, onde explode. É utilizada também para que se evite o acesso a certas áreas, já que a região inteira emite radiações, o que é uma mensagem muito eficaz se se deseja que alguém se mantenha longe desse lugar. Chama-se Bunker Booster.
Uma bomba nuclear de cinco quilotoneladas é uma bomba relativamente pequena, menor que a de Hiroxima, que era de 16 quilotoneladas e a de Nagasaki, que era de 22. Entretanto, os efeitos da radioactividade são igualmente terríveis.
Não tem medo de falar disso?
É preciso entender o que é o medo. Há um ponto em que deve dizer: Basta! E quando você supera essa linha, não é por estar muito certo de si. Você faz ou não faz. Quando estava ao serviço levantei a mão direita e fiz um juramento, afirmando ''Isso é o que defenderei''.
Por que a utilizaram?
A melhor explicação que pude chegar até o momento é que se tratou de mandar a Saddam Hussein a mensagem de que estavamos determinados a terminar a guerra e acabar com o conflito.
Como se pode comprovar este testemunho?
Comprovamos que no Banco de Dados On-line do Centro Sismológico Internacional, na área próxima da cidade de Basra no Iraque, foi registado um fenómeno sísmico de potência equivalente a cinco quilotoneladas, que corresponde a uma magnitude de 4,2 aproximadamente na escala Richter.
Vimos que a única actividade sísmica detectada durante os 43 dias da operação Tempestade no Deserto foi um fenómeno de magnitude 4,2 na escala Richter e que isso foi detectado precisamente na área assinalada por Jim Brown, entre a cidade de Basra e a fronteira com o Irão.
A actividade está catalogada com o número 342793 e aconteceu em 27 de Fevereiro de 1991, exactamente no último dia do conflito, às 13h39, hora local. Nove centros sísmicos detectaram o abalo: 2 no Irão, 4 no Nepal, um no Canadá, um na Suécia e um na Noruega. Estes dois últimos mediram inclusive a intensidade da explosão, equivalente a aproximadamente 4,2. Em relação à sua profundidade, foi classificada como superficial, que vai de 0 a 33 km.
Pode-se recolher mais informações por meio de análises das ondas sísmicas registadas nas estações de vários países, mas, face ao trabalho colossal que certamente resultaria dessa investigação, pedimos aos organismos internacionais que efectuem controles anti-nucleares, e aos centros sísmicos nacionais citados, que nos ajudem a recolher dados seguros que permitam estabelecer se se tratou de uma explosão ou de um terramoto.
Nascido em 1965, entra no exército aos 22 anos e forma-se em engenharia mecânica na Décima Divisão de Fort Drum. Participa na operação Tempestade no Deserto, na Arábia Saudita desde 25 de Setembro de 1990 a 16 de Fevereiro de 1991. Regressou por razões familiares e começou a sentir alguns problemas estranhos.
Como outros veteranos, começou uma longa batalha para que sua doença seja reconhecida. Segundo ele, a sua doença teve início após tomar uma vacina contra o antraz, que lhe deram quando estava na Arábia Saudita.
Em 1997 foi oficialmente repreeendido por algumas discussões e desgraduado de Engenheiro de Nível 4 a Engenheiro de Nível 3. Ao reduzir a sua graduação, impediram-no também de desempenhar a tarefa para a qual havia sido designado. Finalmente exoneram-no do cargo, mas ''com honra''.
A sua actividade na organização dos veteranos do exército americanos tornou-o conhecido pelos principais meios de comunicação dos EUA, quando escreveu um artigo publicado em 2003 no The New York Times. Foi convocado então pelo Comité de Assessores da presidência dos Estados Unidos sobre doenças de Veteranos da Guerra do Golfo. Ao regressar da operação Tempestade no Deserto fundou a Organização de Veteranos Gulf Watch Intelligent Networking System.
Jim Brown falou pela primeira vez do uso de uma pequena bomba nuclear sob pseudónimo, no site do jornalista canadiano Thomas William. Esta é a primeira entrevista de Jim Brown, na televisão, sobre este assunto.
Tivemos conhecimento do testemunho de Jim Brown graças a William Thomas, um jornalista canadense que trabalhou muito com veteranos do exército dos EUA.
domingo, 19 de outubro de 2008
Um amigo na campanha de Obama
Para os que nunca viram um boletim de voto americano, envio as 4 páginas do voto na Florida!
4 páginas??????????? perguntarão...
Algumas notas.
1
Há 13 candidatos a Presidente. Conseguem dizer 3 nomes?
2
Há a hipótese de qualquer pessoa votar numa que não é candidata. É só preencherem a negro a elipse respectiva e escreverem um nome. Poderá ser Super Man!
3
Vão ser eleitos 8 membros para a House of Representatives e um Senador. Estas duas câmaras constituem o Congresso. Os Senadores são eleitos por 6 anos. Os membros da House (câmara baixa) são eleitos por dois.
4
Vão ser eleitos ainda: Sheriff, Property Appraiser, Supervisor of Elections, County Commissioners (3).
5
Vários juízes irão ser confirmados ou não.
6
Serão eleitos vários School Board Members.
7
Serão eleitos vários Bombeiros.
8
Eleição para City Commission.
9
Votadas 3 propostas de alterações à Constituição.
10
Várias propostas sobre legislação local.
11
Vários referendos.
...
a)
Acham isto confuso?
Muita gente acha... Enquanto, nas eleições presidenciais, a taxa de abstenção é de 50% (dos inscritos nos cadernos eleitorais, naturalmente), nas restantes eleições as taxas de abstenção são da ordem dos 80% e 90%...
b)
Durante este período só se falou de dois candidatos...
Só dois candidatos é que falaram...
Que é feito dos outros?
Acham bem?
Muita gente acha... Dizem-me que o resto não interessa...
c)
Durante muito tempo tudo isto só podia ser usado para um escasso número de pessoas, que eram as que tinham capacidade de votar...
Durante dezenas de anos tem havido cidadãos e movimentos de cidadãos para alargar o número dos que se inscrevem e dos que votam...
Mesmo assim ainda haverá dezenas de milhões de americanos que não votarão...
Mas haverá milhões (de todas as idades, cores de pele, religiões) que o irão fazer pela primeira vez!
...
A água continua a correr por baixo das pontes...
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Um abraço,
fernando
PS: Para quem quer acompanhar sondagens e previsões, sugiro que gravem, nos Favoritos, os seguintes sites:
http://www.realclearpolitics.com/epolls/maps/obama_vs_mccain/
http://www.fivethirtyeight.com/
http://www.electoral-vote.com/
Mas não se esqueçam que os resultados só se saberão depois do dia 4 de Novembro...
Gomorra
A Feira do Livro de Frankfurt atribuiu há dias a "Gomorra" o prémio deste ano extensível à obra que adaptou.
Matteo Garrone realizou o filme que adapta a obra homónima de Roberto Saviano que passou a ser perseguido pela Camorra depois da ameaça de morte que a família Casalesi lhe fez.
A ficção escapa a este filme onde se procura, sem perda do fio da meada e dos sentimentos, sobrepôr pequenas histórias de diferentes protagonistas do sistema da Camorra. Dos seus executantes aos aprendizes, dos protegidos aos protectores, dos conformados aos traidores, , de como a família protegida paga as traições dos seus membros, de como se "trai" para romper o círculo fechado da vida, para sair dela, mesmo que seja para a reinventar como os dois bandidos independentes, que se revêem nos ícones da violência para infantilmente procurarem o impossível - disputar a hierarquia pouco flexível da máfia.
O filme perturba por nos revelar a naturalidade da vida criminosa nos nossos dias, a falta de referências éticas nos gestos do dia-a-dia. A violência está lá como está em muitos filmes americanos de má qualidade onde a verdade é trocada pelo moralismo que não existe já.
É um filme a vêr.
sábado, 18 de outubro de 2008
Outra asneira...na mesma semana
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
Crise financeira aumenta vendas de "O Capital"
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
Um amigo na campanha de Obama
Concluído o último debate presidencial entre Obama e McCain, o resultado passou para 4-0 a favor de Obama/Biden.
Não vos dou novidade alguma porque alguns de vós viram a CNN em directo e outros já leram e ouviram as notícias do dia.
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Uma coisa que toda essa informação não diz é que a democracia americana não dá voz aos outros candidatos. Bem pode a Constituição ser das mais progressistas e abertas! Bem podem os direitos existirem! Quando não se exercem, é como se não existissem...
Os dois maiores partidos abafam o debate político, monopolizam os poderes, comprazem-se numa eterna alternância! Perante a indiferença de quem vota e quem não vota (que, aqui, é em grande número).
2
Outra coisa que não se fala, a não ser em meios universitários e de estudiosos, é do sistema eleitoral americano e das suas fragilidades. O sistema não está feito para resultados semelhantes ou empates técnicos. Pura e simplesmente, porque a margem de erro é superior às eventuais pequenas diferenças de voto. O sistema foi feito para homens brancos e poderosos. Ficaram de fora, desde início, os pobres, os pretos e as mulheres. Foram precisas muitas lutas e a participação de muitas consciências para dar, primeiro, o voto aos pobres, depois aos pretos, por fim (faz agora 90 anos) às mulheres!
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Outra coisa de que não se fala é na possibilidade de fraudes e chapeladas. Os americanos já estão a votar. Por correspondência ou deslocando-se aos círculos eleitorais. Isto é, há americanos que já estão a votar por eles e por outros. Não vou revelar nomes, mas um ilustre cidadão americano residente na Florida pretendeu enviar o voto da filha, no McCain claro, por correio... e só não o conseguiu porque a filha está inscrita noutro Estado, onde agora vive... Para estes senhores a ideia é simples: impedir o mais possível a participação eleitoral dos mais desfavorecidos, dos emigrantes, dos pretos, das mulheres, enquanto, na sua própria casa, votam por eles, pelas mulheres e amantes, pelos filhos, pelo cão e pelo gato!...
Desculpem-me o exagero...
4
A última nota que deixo tem a ver com o eleitoralismo e a possibilidade de, nos escassos dias que faltam para o dia 4 de Novembro, tentarem alterar o rumo dos acontecimentos. Acabo de receber um e-mail de um reformado americano a informar que os reformados vão ter um aumento na reforma pública de 5,8%! O maior aumento verificado nos últimos 24 anos!
É fartar vilanagem! Votem em mim e serão eternamente felizes! Ámen!
http://www.realclearpolitics.com/epolls/maps/obama_vs_mccain/
Podem ver os resultados das anteriores eleições presidenciais (só não vêem as abstenções porque é assunto de que se não fala... quem não vota é porque está satisfeito!...). Podem verificar o andamento das sondagens Estado a Estado. Podem manipular o mapa eleitoral... Podem navegar à vontade...
Só têm de saber que o próximo Presidente dos EUA precisa de ter 270 (ou mais) votos no Colégio Eleitoral. Que (em cada Estado) se vencerem por um voto, ou por mil, ou por um milhão, o resultado é o mesmo: quem tiver, pelo menos, mais um voto que o seu adversário, elegerá todos os seus apoiantes membros do Colégio Eleitoral nesse Estado.
No mapa eleitoral, em cada Estado, está o número de pessoas eleitas para o Colégio Eleitoral.
O azul-escuro é utilizado nos Estados em que Obama tem uma maioria considerada consolidada. O azul claro é para aqueles em que Obama tem uma maioria mas não muito sólida (neste momento são 4: Colorado, New Mexico, Minnesota e Virginia). O cinzento é para os empates técnicos (neste momento, 7: Nevada, Missouri, Indiana, Ohio, West Virginia, North Carolina e Florida).
Quanto a McCain, temos o vermelho para os sólidos e cor-de-rosa para os "leaning" (pequena margem de diferença), que são 2: North Dakota e Georgia.
A Marcha pela nova Constituição chega hoje a La Paz
Concentração à boleia da crise e palavras emprestadas
«O que aconteceu não foi uma crise como as outras. Foi o resultado escandaloso de lógicas de gestão orientadas para o imediato, uma regulação totalmente permissiva, práticas abusivas e uma ganância com proporções históricas. Nesta crise financeira, há uma ideologia derrotada. E quem sai derrotado são os apóstolos do Estado mínimo e do mercado desregulado (…), os que enalteceram as virtudes imbatíveis de um mercado entregue a si próprio (…), aqueles que sempre professaram a sua fé na mão invisível do mercado, para agora, à falta de outra, reclamarem a mão bem visível do Estado!” (José Sócrates no debate da AR do passado dia 8, citado por Margarida Botelho)
Ainda sobre a verdade do 11 de Setembro
Mas que abalou muito o crédito popular na versão que veio as justificar iniciativas sangrentas da administração Bush, ora de saída.
O vídeo tem 2h 10 m. Por isso não o reproduzimos. Mas se tiver tempo aí ficam os sítios da net
http://video.google.com/videoplay?docid=-7033453099719333471(versão portuguesa)
As falhas na Defesa Aérea dos EUA, o desabamento das torres, adestruição do Edifício 7, o ataque ao Pentágono e o vôo 93 são os aspectos que levantam mais dúvidas. Realizado por Dylan Avery (Louder Than Words), "Loose Change" é um dos mais polémicos documentários sobre o 11 de Setembro. Apresenta informações ocultadas pelos políticos e pela comunicação social, tais como vídeos transmitidos pelas cadeias de televisão nas primeiras horas após os atentados, evidências científicas e testemunhos dos sobreviventes.Pode agora ver no Google a versão em português e/ou o original legendado em português.
Sejamos livres
Medina Carreira tem pontos de vista que não subscrevo, a que eu também poderei chamar condicionantes. Medina Carreira fala na perspectiva da continuidade do “sistema”. Mas é um homem que questiona e chama às realidades, tratando as coisas pelos seus nomes e não capitulando perante a mentira.
Importa retermo-nos nesta questão porque hoje, a propósito da crise financeira, retomam-se pontos essenciais dos trabalhos de Marx, mas deixam-se de pé elementos essenciais deste paradigma, deste sistema, para o qual muita gente, falando da necessidade de um “novo sistema”, mais não faz do que retirar da mesa causas essenciais do declínio do capitalismo não retocáveis pelos voluntarismos ou síndromas do cadáver ainda quente.
Até ao saque a contribuintes e banca do estado, que constituem os planos de apoio às empresas toxicodependentes, se vão chamam “nacionalizações” de bancos…
Para não falar já em que os “salvadores” da toxicidade financeira, como Paulson e restantes banqueiros e políticos, narcotraficantes em aggiornamento, pudessem ser operacionais das mudanças necessárias…
Porém, também há os que, como aqui publicámos há dias pelas palavras de Immanuel Wallerstein, defendem, numa perspectiva não marxista, que “o capitalismo está a atingir o seu fim”, abrindo a possibilidades a outros dois tipos de “sistemas”: um de um capitalismo mais brutal com um recurso superior aos elementos repressivos que o Estado tem desenvolvido (mas a que chama um outro sistema…) e outro, mais nebuloso, que poderá resultar de uma intervenção de cidadania mais acutilante. De facto, o primeiro tipo seria o percurso do capitalismo se o deixassem. Mas não seria um “outro sistema”. O segundo, sim, é o que vai fazer pender o
A luta de classes, a arrumação das forças e classes sociais, a procura de novos paradigmas, o socialismo, são inquestionáveis, e não podem, ser dissociados de Marx.
A natureza do poder democrático, a melhoria das condições de vida, o regresso do Homem ao centro da actividade económica, a redistribuição do rendimento e o crescimento económico assente no alargamento do mercado interno e da procura de perfis adequados à concorrência no comércio externo, o aumento da actividade produtiva em diferentes sectores da economia e da produtividade nomeadamente a decorrente de uma gestão mais consentânea com os desígnios do País, a incorporação da ciência e da técnica na actividade económica e desenvolvimento e a defesa ambiental,
A propriedade pública da água, um, sector misto da economia, uma alteração do modelo de integração das economias europeias, a não subordinação aos EUA e à NATO, a defesa da diversidade de diferentes pólos à escala mundial, o florescimento de uma vida cultural livre do poder dos grandes grupos sobre os media, são algumas das questões diferenciadoras do que entendemos serem alguns dos novos paradigmas e respectivas consequências. O capitalismo não os incorpora, entendamo-nos.
As boas vontades devem assumir a liberdade de assumirem rupturas com os seus quadros condicionados de pensamento, que são uma prisão ao que a humanidade merece e nos pede. Com as inevitáveis rupturas de políticas.
A necessidade crescente do lucro em capitalismo, seja ele resultante da actividade produtiva seja do lucro virtual que o neo-liberalismo defendeu, apoiando-se no aparelho de estado de quase todos os países capitalistas, é um facto objectivo não retocável. Foi o capitalismo que gerou esta deriva para a sua própria expansão. Bush, Brown, EU, Sócrates, até poderão agora querer tirar o cavalinho da chuva com ardentes autos de fé a anónimos prestidigitadores das políticas de Estado que eles dirigiram em benefício da deriva. Mas uma análise séria sobre o que se passou não o permitirá.
Se, como diz Medina Carreira, a disfunção do regime assenta nas deficiências da educação e da educação familiar, importa relevar que essas são consequências de paradigmas e políticas reais do sistema, não verificadas apenas no nosso país.
Se a democratização da educação não serviu, em continuidade, a democratização que poderia gerar outras consequências na emancipação individual, na economia e na cidadania, foi porque, por cima dos sucessivos experimentalíssimos doentios e da desconsideração pelos docentes, o poder político forçou uma política de perseverança zigue-zaguente, na consolidação das desigualdades.
Se a família deixou de poder cumprir um certo tipo de papel, isso deve-se ao desemprego e à precariedade laboral, ao consumismo doentio promovidos pelo poder político, ao domínio dos media por grupos determinados por audiências alimentadas pela violência, ao fabricar de mitos e heróis associados a comportamentos anti-sociais, ao individualismo imposto.
O capitalismo está em condições de fazer melhor? Respondam com franqueza.
E não invoquem o wellfare state do passado quando a partir de Bretton Woods se começaram a montar as defesas contra a atracção popular dos exemplos do socialismo. Nem insistam na queda do Muro de Berlim. O capitalismo, na sua evolução, transporta crimes e violações aos direitos humanos que não deram endurance particular ao sistema.
Uma vez mais: arrisquemos a recusar o que parece óbvio ou inevitável.
Sejamos livres.