É vergonhosa a decisão do governo relativa aos Estaleiros Navais de Viana de Castelo (ENVC). Onde é feita uma concessão, sem concorrência, dos ENVC, a uma empresa falida que era representada pelo escritório de advogados do ministro Aguiar Branco, autor da concessão.
Em que são despedidos 640 trabalhadores, com o engodo de duzentas reformas antecipadas e a hipotética absorpção pelo futuro concessecionário de cerca de 400 ( não garantidos e com salários de miséria, atendendo a que esta é uma empresa deslocalizada, que faz uma coisa aqui e outra ali sempre ao preço mais baixo...).
Em que mais de seis mil postos de trabalho poderão ser, indirectamente, afectados nos fornecedores actuais dos estaleiros, que são o centro da actividade económica no concelho.
Em que várias administrações, incluindo do PS, praticaram uma gestão ruinosa, recusando sucessivas encomendas para que os lucrativos ENVC apresentassem resultados que "justificassem" a sua concessão para o Estado "reduzir" a sua despesa...
Esta decisão encontrou uma forte resistência dos trabalhadores, a expressão pela Câmara Municipal das preocupações dos habitantes, uma opinião pública que cresce contra este processo.
Elas vão continuar a manifestar-se, não deixando sossegados os que estão a realizar este crime contra os trabalhadores e as populações e contra os interesses do País.
Outra questão foram as agressões da polícia de choque a manifestantes à porta de um ministério, em que manifestantes, deputados e o secretário-geral da CGTP foram agredidos. Esta questão coloca o problema da forma e objectivos com que o govereno está a orientar a polícia de choque. Instrumento de segurança contra certa criminalidade ou guarda pretoriana de um governo caduco, isolado, que quer fazer o pior às pessoas e ao país até ser posto a andar?
5 comentários:
Boa peça.
Parabéns.
bjo
Maria
Da Figueira, por vezes, nem bom vento nem bom casamento....
Duarte Silva, que já não é deste mundo... Já quando ministro não ajudou... E, na Figueira a industria ~
naval, morreu..
Seremos mesmo um país de marinheiros???
Abraço , António.
Não. Somos mesmo um país de incompetentes.
Alguns são incompetentes e outros têm prosseguido objectivos, menos confessáveis, de liquidação, em favor de terceiros, das bases materiais e espirituais da nossa soberania.
António
Concordo plenamente consigo.
Manuel
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