quinta-feira, 29 de março de 2012

Transformar o Código do Trabalho numa camisa de forças dos patrões

Com esta nova alteração ao Código de Trabalho, em debate na AR, os patrões passarão a despedir mais facilmente, a gerir arbitrariamente os horários de trabalho, a reduzir salários e indemnizações por despedimento e subsídios de desemprego, a aumentar o tempo de trabalho, a exploração e a insegurança dos trabalhadores, generalizar a precariedade.


O Ministro da Economia chegou ao cúmulo do cinismo de afirmar que eram medidas favoráveis aos trabalhadores...porque provocaria um. aumento da competitividade. Como Octávio Teixeira sublinhou hoje na Antena Um, as duas anteriores alterações ao Código, justificadas com tal "objectivo", não o atingiram e, pelo contrário aumentaram o emprego e o emprego desprotegido.
Se virmos quem é atingido pelas medidas até agora decididas enquadradas pelo plano da troika e mais estas agora previstas fica claro que todas prosseguem objectivos estratégicos que nada têm a vêr com a saída da crise e o crescimento da economia mas tão só com o que ideologia neo-liberal pretende: a diminuição drástica dos custos de trabalho, o empobrecimento dos portugueses e o cerceamento de direitos sociais básicos.

São os grupos económicos e a banca a falar mais grosso.
Mas não ficarão a falar sózinhos.

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