quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O caos que o capitalismo garante, obtendo também uma redução da democracia

Na última das suas cronicas das quartas-feiras no J. de Negócios, Octávio Teixeira abordou estes temas de forma esclarecedora.
Sublinharia uma questão. A da expressão da revolta no decurso de lutas contra aspectos tão graves como os que estão contemplados no acordo com a troika (verdadeiro pacto de agressão). De uma forma concentrada, no decurso do ano que há pouco decorreu, os trabalhadores portugueses vão ser espoliados em termos remuneratórios e de direitos, como o referiu o novo secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.
A força do movimento sindical unitário e a confiança que nele depositam os trabalhadores têm garantido um enquadramento dos protestos, conjurando esboços de provocações, que alguns movimentos marginais ou provocadores infiltrados por sectores da própria polícia que depois os confronta. Os obectivos têm sido claros: por um lado, tentar obter imagens que depois seriam o "rosto" dos protestos, silenciando as grandes manifestações e "justificando" intervenções repressivas que serviriam de base a novas agressões à democracia, por outro, reduzir a base social dos protestos criando novos factores de medo e de insegurança e de aceitação de mais atentados à democracia.
Importa que fique claro que quem está a "atear o fogo social" não são os sindicatos nem as vítimas de tais pactos, mas sim o governo que está a aprofundar um processo desencadeado pelo PS.
Os sindicatos cumprem o seu papel de defesa dos interesses dos trabalhadores.
O governo afronta os interesses dos trabalhadores e do país, criando o confronto social e procurando reacções descontroladas.
Neste processo o governo pode sair derrotado e da convergência de lutas em vários países europeus poderá resultar uma mudança da União Europeia.