Ela vive, de pé, na minhas pálpebras
Os seus cabelos entrelaçam-se nos meus
Tem a exacta forma das minhas mãos
E a côr dos meus olhos ao vê-la
Confunde-se na minha própria sombra
Com uma pedra no azul do céu
Tem os olhos sempre abertos
E o seu olhar não me permite dormir.
À luz do dia os seus sonhos luminosos
Tomam o lugar de todos os sóis
Os seus fazem-me soluçar, rir
E falar sem ter nada para dizer...
Paul Éluard
(tradução de AA)
2 comentários:
Bela associação, a do poema com a imagem!
abraço
LINDO António!
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