Ao todo, 115 de 173 países votaram a favor da moção, enquanto 55 delegados – na sua maioria embaixadores dos países da União Europeia – se abstiveram.
Em 24 de agosto de 2001, o líder dos rabinos britânicos, Jonathan Sacks, anunciava em Londres que não participaria da Conferência contra o Racismo que a ONU pretendia realizar em Durban.
Sua justificativa baseava-se em uma série de afirmações que, direta ou indiretamente, maculariam o Holocausto – durante o qual os nazistas da Alemanha, com o apoio dos governos fascistas europeus da época (italiano, croata, húngaro, romeno, búlgaro e ucraniano), deportaram e assassinaram 6 milhões de judeus nos campos de concentração, além de terem sido responsáveis pela matança de mais de 4 milhões de civis nos países ocupados, entre opositores políticos, homossexuais, ciganos, portadores de deficiências e sobretudo comunistas e guerrilheiros.
Nessa onda até o presidente George W. Bush ameaçou cancelar a participação dos EUA em Durban caso continuasse o “erro” de escrever o Holocausto com a h minúscula.
Passados 13 anos tudo isso mudou. Com Obama.
Na realidade, a “grande imprensa” censurou o que se passou na Assembleia das Nações Unidas. E esse facto, foi considerado, por muitos analistas uma infâmia do ponto de vista histórico e político, já que os representantes dos países da União Europeia que se abstiveram, em apenas cinco minutos, tentaram apagar os efeitos nefastos da Segunda Guerra Mundial e de todas as violências e massacres praticados pelos invasores nazis e seus aliados, os fascistas italianos.
Todos os diretores dos jornais, de revistas e dos noticiários de TV da União Europeia seguiram o exemplo de seus confrades norte-americanos e canadianos, empurrando para o “limbo mediático” a abstenção de todos os representantes dos países que assumiram esta infâmia.Esse facto justifica uma pergunta de extrema importância, visto que o posicionamento dos governos da Alemanha, Áustria, Bélgica, França, Grã-Bretanha, Hungria, Finlândia, Irlanda, Itália, Portugal, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos e Hungria ao decidirem integrar o grupo abstencionista, na realidade, demonstraram quão grande e complexo é , hoje, o nível de dependência ideológica em relação aos Estados Unidos.
Passos Coelho não mimetizou Salazar?
Vai ficar indiferente se manifestações nazis,como as que ocorrem na Ucrânia, descessem a Avenida da Liberdade?
Passos Coelho tem que explicar tudo isto muito bem...
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