quarta-feira, 8 de julho de 2009

Sexta feira na Costa Rica encontro entre Zelaya, Oscar Árias e o presidente fantoche saído do golpe militar









Inquestionàvelmente ligada à iniciativa da administração Obama, vai realizar-se na 6ª feira em S. José da Costa Rica um encontro entre entre Zelaya e o presidente fantoche saído do golpe militar.
Não é um encontro com iguais motivações por parte de quem o inspirou e de quem nele vai participar.
Manuel Zelaya tem atrás de si o seu povo, que continua firmemente, na rua a exigir o seu regresso e resoluções inequívocas de organizações regionais e da ONU. Para ele, que não quer defraudar o seu povo, e não irá negociar nada e tão só programar a saída do governo saído do golpe: “A restituição da presidência da República e a democracia não se negociam. Não vou trair os meus principios nem os do povo que está a lutar pela democracia”.
Micheletti não quer isto e procura um entendimento que seria o reconhecimento das motivações e os resultados do golpe.
Oscar Árias é muito sensível à posição dos EUA, é contraditório nas expectativas quanto aos resultados da reunião que, se não levar à recondução de Zelaya, ele o afirma, levará a que a Costa Rica corte relações com as Honduras.
Obama tem sido acusado de ter estado por detrás ou ter permitido pela inacção que o golpe se desse. Os interesses de multinacionais norte-americanas no país, o papel da base militar como linha de comando efectiva dos dirigentes do exército, o estatuto adquirido pelo embaixador norte-americano na vida interna, o conhecimento anterior dos planos do golpe e dos encontros entre o embaixador e os futuros golpistas, não permite conferir credibilidade à condenação do golpe de Estado feito no dia seguinte.
Obama quer um Zelaya diminuído polìticamente e talvez fazer deste caso um exemplo a seguir para a América do Sul, onde nos últimos anos os EUA viram pràticamente o vínculo incondicional por parte desses países. As semelhanças com tentativas de golpes falhados em alguns delesindicia a existência de uma linha comum de intervenção.

1 comentário:

migana disse...

Encontro desigual, este. Com tanta gente a querer que aborte vamos ver a que conclusões vão chegar.
Como vem sendo prática ultimamente os Estados Unidos vão dando uma no cravo e outra na ferradura...