domingo, 5 de julho de 2009

Zelaya regressará hoje às Honduras enquanto os golpistas preparam provocações

O embaixador da Nicarágua na OEA , Denis Moncada, denunciou ontem planos do governo fascista hondurenho para atribuir à responsabilidade de Venezuela, de Cuba e da Nicarágua o suposto fornecimento de armas aos resistentes ao golpe e de uma "invasão" das Honduras a partir da Nicarágua, sua vizinha.
Denis Moncada alertou para que, já em manifestações de protesto de há dias, foram identificados como infiltrados da polícia de Micheletti, provocadores que fizeram disparos em direcção à polícia.
Referiu, por outro lado, que os golpistas estão a preparar e a fornecer provas falsas a diferentes sectores, incluindo à Igreja Católica, para os instrumentalizar e credibilizar esses seus planos.

Também aludiu à preparação que os golpistas estão a fazer nos meios de comunicação social privados que apoiaram o golpe de estado para criarem uma matriz de opinião favorável a que os autores dos projectos tenebrosos da direita seriam, não ela mas os países que têm isolado o governo fascistad epois do golpe de estado.
Indicou ainda que estes planos estariam a ser preparados para hoje quando da chegada ao país do Presidente Zelaya.
Já hoje o Cardeal André Rodrigues Maradiaga, que parece ter apoiado o golpe, ao mesmo tempo que atacou Zelaya, pediu-lhe , premonitóriamente ameaçador, para não voltar e assim evitar "um banho de sangue". O governo fantoche convocou uma manifestação de apoio a si próprio e a imprensa de direita refere atentados terroristas que teriam sido praticados por cvubanos, venezuelanos e nicaraguenses. Um grupo destes foi mesmo preso e iodentificado com epítetosd racistas...
Os fascistas não estão a querer ceder...
O dia de hoje é um dia delicado, cheio de riscos, mas também de um acto de valentia de Zelaya e de outros presidentes de repúblicas da América latina bem como das dezenas de milhares de hondurenhos que os aguardam em Tegucigalpa.
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, informou que voltará hoje ao seu país. Disse que desembarcará no Aeroporto Internacional de Tegucigalpa, acompanhado por vários presidentes e membros da comunidade internacional, entre eles, Rafael Correa (Equador) e Cristina Kirchner (Argentina). Zelaya convocou todos os movimentos sociais e a população em geral para que se mantenham pacificamente nas ruas e o acompanhem em seu regresso.
Advertiu os golpistas de que estão "cercados" por todos os governos do mundo e convidou-os a desistir dessa atitude."Há um repúdio geral, a nível mundial, a essas ações dentro na nação. Esses actos não passarão em vão. Terão que prestar contas nos tribunais internacionais por suprimir liberdades e reprimir o povo", disse o presidente em anúncio transmitido pela emissora Telesur. Zelaya convocou todas as organizações sociais a manterem-se em resistência contra o governo de facto e pediu que o façam sem armas e que deixem a violência para as autoridades que estão no poder. "Peço aos agricultores, donas de casa, amigos, políticos, empresários, que me acompanhem no meu regresso (...). Não podemos perder o nosso direito de escolher. Estou disposto a fazer qualquer sacrifício para obter a liberdade da nação", disse. Zelaya reiterou que está é uma grande oportunidade para demosntrar ao mundo "que somos capazes de ir adiante apesar dos obstáculos desta seita criminosa que hoje pretende apropriar-se dos destinos da nossa nação. Comunicou que este domingo volta a Honduras para "fazer cumprir aquilo que temos defendido nas nossas vidas, que é a vontade de Deus através da vontade do povo.""O destino da minha vida está ligado ao destino do povo hondurenho", disse o chefe de Estado, que lembrou os acontecimentos do último domingo, quando foi sequestrado e levado para fora de seu país pelas Forças Armadas de Honduras, "que hoje estão em conluio com a elite voraz que asfixia o nosso povo". "Estou disposto a fazer qualquer esforço para obter a liberdade que o nosso país precisa", disse ele, que chamou os militares de "golpistas traidores" e pediu-lhes para "rectificar a sua posição no mais curto tempo possível".

A decisão de Zelaya de voltar a seu país acontece menos de 24 horas após as autoridades instaladas após o golpe que o derrubou, no domingo passado, terem rejeitado, o ultimato da Organização dos Estados Americanos para que aceditem o presidente legitimamente eleito. Os golpistas afirmaram que, caso Zelaya voltasse a Honduras, seria preso. Também o aconselhara, a "evitar derramamento de sangue".

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