1.
A morte, em bombardeamento da NATO, de um filho e netos de Kadhafi, não foi um erro mas um acto premeditado. Kadhafi e a sua família passaram a ser, abertamente, pessoas a liquidar pela NATO.
Importaria que o governo português, membro da NATO, se pronunciasse sobre isso e se apoiou esta acção, se ela se integra na concepção adoptada por si de defesa dos direitos humanos. Como se verificou, a aprovação anterior pelo Conselho de Segurança de uma resolução que permitia a intervenção por razões humanitárias de poupar vidas a cidadãos civis apanhados pela guerra civil, tornou-se
"elástica" no seu âmito efectivo.
Agora só falta a invasão propriamente dita, depois de ter ficado claro que os revoltosos de Bengazi se arriscavam a perder a guerra civil, apesar de diversos apoios que lhes chegavam do exterior.
Mas ainda há um espaço para a pressão internacional da opinião pública para que a guerra civil termine e se estabeleçam negociações de paz, que os dirigentes do grupo que assumiu a representatividade da revolta e os seus mais activos apoiantes internacionais (EUA, Inglaterra e França) têm recusado.
De facto, para estes, a invasão já começou de facto.
Primeiro com a criação, em nome do Conselho Nacional de Transição, de composição imposta pelas potências ocidentais, do Banco Central da Líbia, de facto organizado pelo HSBC, para canalizar os "descongelados" fundos de investimento líbio no estrangeiro, para os pôr ao serviço dos EUA, Inglaterra e França e os retirar das instituições financeiras africanas, criadas pela União Africana, criadas com apoio líbio, que afundará esses países, impedindo assim a promissora independência financeira de África.
Em segundo lugar pela criação de uma Companhia de Petróleo da Líbia, em nome do tal Conselho, para subtrair o petróleo líbio a um sistema de licenças gerido de acordo com os interesses líbios, para criar um outro afunilado para os interesses dos EUA, Inglaterra e França ou de alguns que têm declarado o seu apoio a esta intervenção militar e de pirataria aos fundos e petróleo.
Intervenções humanitárias? Defesa dos Direitos Humanos? Mais Democracia?
Ainda há quem acredite nisso?
2. A anunciada
morte de Bin Laden, numa troca de tiros no Paquistão, levanta outro tipo de questões.
Primeiro, porquê agora? Porque Obama quer criar um fervor nacional que o ajude na recandidatura e o leve a obter apoio popular a novas frentes de guerra, nomeadamente em África. O seu desaparecimento físico já poderia ter ocorrido noutras alturas. Bin Laden era um homem ligado aos serviços de informação norte-americanos. A mitologia em torno dele serviu para encobrir a verdadeira autoria do 11 de Setembro de 2011 em Nova Iorque, surgido no momento em que os EUA preparavam o seu avanço para o Médio Oriente e para África e precisavam de "legitimar" isso como medidas para combater o terrorismo.
Segundo, porque foi o corpo de Bin Laden atirado ao mar? Quase certamente para desaparecer a evidência do corpo da "informação", deixando campo largo para fotomontagens que poderiam ser feitas há nove anos ou daqui a outros tantos.
Termino deixando uma referência a um
artigo de Michel Chossudovsky, hoje publicado no Global Research.
1 comentário:
Gritos de «VIVA LA MUERTE!» ecoaram pelos noticiários de todo o mundo e pelas declarações de presidentes e ministros, que se dizem democratas, mas revelaram a sua face mais bárbara.
Exultaram com uma morte prepetrada, sem qualquer julgamento, por mercenários a mando da mesma potência que, há alguns anos, usou os serviços do agora executado.
http://cadernosemcapa.blogspot.com/2011/05/indignacao-de-unamuno.html
Enviar um comentário