quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mentiras e contra-informação sobre a situação na Síria

Os media portugueses, sem meios próprios para apresentarem a sua própria informação, retransmitem a "informação" dos grandes media internacionais, completamente alinhados, com o objectivo dos EUA e NATO, com o apoio do secretário-geral da ONU, de fazerem na Síria o que fizeram na Líbia, ao arrepio das mais elementares regras de não ingerência.

A tentativa de responsabilizar a Síria pela morte de em jornalista francês que, de facto, dava cobertura a uma intervenção de militares franceses falhada, o regresso precipitado pela Liga Árabe, da sua comissão de inquérito, de que não publicou o relatório porque uma das constantações feitas nele era a de que não havia nenhuma revolta popular nem militares revoltosos na Síria, mas sim mercenários wahhabitas, associados. aos actos de terrorismo praticados por desconhecidos, são apenas dois exemplos recentes dessa manipulação.

O que se pretende é criar as condições de aceitação pela opinião pública do aprofundamento da agressão e da participação nela de militares e armamentos.

A opinião pública portuguesa deve estar atenta aos objectivos de exercícios militares das FA portuguesas realizadas nos últimos dias (F-16, helicópteros, etc.) e explicitamente apresentados como se insrirem na "necessidade" deste tipo de intervenções.

2 comentários:

Anónimo disse...

'...em jornalista francês que, de facto, dava cobertura a uma intervenção de militares franceses falhada,'.Pode-me esclarecer o que se passou pq algo se me escapou.Obrigado antecipadamente.

António Abreu disse...

Meu caro anónimo:
A referência deve-se ao facto, já antes detectado por outros jornalistas, de que o repórter francês usava essa profissão para, de facto, comandar uma operação dos serviços secretos militares franceses, que se revelou um fiasco (ver, p.ex.,www.voltairenet.org)
Sintomático foi ter o governo francês ter metido a "viola no saco".
Como é sabido, já do caso da Líbia, a criação de equipas militares que aparecem como de resistência é de facto o elemento de recolha de fornecimento de posterior de armas pesadas que permite o bombardeamento de alvos militares e civis (que são apresentados como de autoria exclusiva do governo)para além de integrar snipers especializados em matar selectivamente ou não.