No debate de ontem entre Francisco Lopes e Cavaco Silva, este não quis responder às responsabilidades que Francisco Lopes lhe apontou como responsável do estado a que o país foi levado.
Refugiou-se na "moderação", na rejeição da "retórica" (objectivos políticos diferentes dos seus), no não querer "ser irresponsável perante os mercados", nas medidas sociais que tomou como primeiro-ministro.
Francisco Lopes confrontou-o, porém, com a responsabilidade que tem na viabilização das mais recentes medidas anti-sociais saídas dum arranjinho entre PS e PSD. Sobre Oliveira e Costa e Dias Loureiro nada disse.
Cavaco Silva, a um mês das eleições, continua a usar as funções presidenciais para obter votos.
Alguma separação de águas entre Cavaco candidato e Cacaco PR, para quem se reclama de grande isenção e carácter, há muito que deveria ter sido resolvida e objecto de comunicação aos portugueses.
Que a sua candidatura diga que não fará cartazes nem excessos de propaganda, encontra aqui a sua razão de ser. Afinal em matéria de carácter, estamos conversados...
Importa registar, para além da camaradagem de ideais e de Partido que com ele partilho, que Francisco Lopes com esta atitude está a contribuir para o que deve ser uma campanha eleitoral viva, esclarecedora, expressando de forma única os anseios e perspectivas dos trabalhadores e dos que estão a ser vítimas desta política de direita que, com PS ou PSD, continuaria a ter o beneplácito de Belém, em caso de reeleição.
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