O que se segue é um pouco longo, na medida em que remete para outro artigo que aconselho vivamente. Por isso pede-se a vossa paciência.
Trata-se de retomar várias questões, já aqui abordadas várias vezes há uns meses, a propósito dos aquecimentos globais, Conferência de Copenhaga, energias alternativas.
Não para trazer elementos novos mas para vos remeter para a leitura de um artigo publicado por Demétrio Alves no resistir.info. há dias.
A teoria do aquecimento global, promovida por acção do homem, não está provada. Não tem credibilidade, em termos científicos, que se pudesse atribuir a uma só causa - a emissão de CO2, ainda por cima não poluente - um processo para que tantos outros factores contribuem, em termos ainda hoje imprevisíveis.
A "descarbonização da economia", objectivo em que de forma tão demagógica quanto irresponsável se envolveram socialistas, sociais-democratas, ecologistas feitos à pressa e outras boas almas não é, porém, isento de interesses motores. Não só Al Gore como também outros fazedores de opinião entre nós e lá fora, com um apoio acrítico e sensacionalista da generalidade dos media, estão ligados a negócios de energias alternativas, que mobilizaram preocupações numa monumental operação de marketing, que criasse mercado para as suas "inovações", e que obtiveram, como entre nós, apoios que todos nós pagamos (ver, por exemplo, uma das componentes do preço da factura da EDP...).
O fracasso da Conferência de Copenhaga reflecte a resistência de muitos países em reduzirem as suas emissões de CO2, nos termos desejados pelos EUA e UE, porque partiram para o crescimento económico mais tarde, depois de colonizações diversas, ou porque aspiram adquirir projecção regional ou mundial de que EUA e UE desejariam ser os únicos protagonistas. As teses dos "aquecedores" esfriaram com a falsificação de dados de um departamento universitário que trabalhava para o IPCC da ONU e a desconfiança generalizada que isso provocou, aliada ao facto de serem previsões de modelos computorizados e não previsões baseadas em dados reais e a que a honestidade e o rigor de muitos cientistas sempre questionou os pressupostos de tais teses, não se deixando vender.
Para além das falcatruas e negociatas que este processo proporcionou, o centrar da atenção das questões ambientais nas emissões de CO2, desfocou a atenção e recursos, da desertificação, das ameaças à biodiversidade, do acesso à água, para não falar já de outras questões como a fome, a iliteracia ou as desigualdades.
As energias renováveis não apresentam perspectivas de crescerem a ponto de substituirem a energia de origem fóssil. O movimento de opinião pelas renováveis facilitou a privatização de empresas energéticas em todo o mundo, com o argumento que seriam "amigas do ambiente", "limpas" e "mais baratas", o que está por demonstrar. Como exemplo, as consequências ambientais e económicas de produzir bio-combustíveis foi muito negativa, em termos de erosão de recursos naturais e de fortes investimentos iniciais sem garantias de retorno, o impacto ambiental das eólicas é muito forte. Demétrio Alves discute isto no artigo.
Na foto, locomotiva paralisada pela neve nos EUA.
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