Francis Bacon (filósofo, 1561-1626)
sexta-feira, 21 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Apurar a verdade sobre o 11 de Setembro
segunda-feira, 17 de maio de 2010
PCP apresenta moção de censura ao governo
domingo, 16 de maio de 2010
A Luna e a Estrela
sábado, 15 de maio de 2010
De uma semana para a outra
Morreu Saldanha Sanches que ainda conheci como militante do PCP, combativo, impetuoso. O seu percurso político foi acidentado. Mas a sua presença na vida pública foi muito forte. Não só ele promoveu o combate à corrupção e à evasão fiscal mas foi um rosto combativo dessas causas.
O governo e o PSD aplicaram as orientações de Bruxelas, revelando que a soberania não está em causa até porque “eles” estão de acordo com o pacote de medidas. Medidas que, uma vez mais afectam especialmente os que menos têm e comprometem o crescimento económico e a nossa capacidade posterior de recuperarmos. Querem nivelar-nos por baixo mas os lucros das sociedades financeiras ficaram de fora. Com tal gente não vamos lá, não. Enquanto isso PS e PSD vão-nos querendo entreter com faits divers como se deviam ou não pedir desculpa e deitando alguns figurões a morderem-se uns aos outros para disfarçar a identidade. Alguns comentaristas nacionais começam a desejar ver aplicadas em Portugal, muito além do pacote do PS e PSD. As regras do despedimento individual e a justa causa parecem estar na mira de ambos.
O povo grego opõe-se valentemente às medidas de austeridade draconianas e a Grécia é entregue pela EU ao FMI. Pela via da obtenção da condução da política dos países atingidos, a influência americana alarga-se na Europa.
Em países da Ásia Central e do leste europeu, os EUA manobram para dominar as fronteiras de agressão à Rússia e China.
Uma espécie de coral em risco de desaparecer
Não só pela acção directa do homem mas também pelas alterações que ocorrem na atmosfera e no sub-solo as espécies alteram-se ou acabam.
Quando do furacão El Niño em 82/83, uma espécie rara de coral a Tubastraea floreana existente em várias ilhas do arquipélago das Galápagos, quase desapareceu, estando agora restrita a duas das suas ilhotas, a Gardner e a Cousins, o que motivou programas para o seu repovoamento.
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Poema de José Régio
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.
Edita-se a novela do Orçamento;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.
E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,
De trinta contos – só! – por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Mikis Theodorakis e a crise grega
(...) Ouço falar de uma dívida de 360 biliões de dólares, enquanto ao mesmo tempo eu vejo dívidas dessa ordem nas grandes potências e em muitos outros países. Portanto, esta não pode ser a causa principal da infelicidade. O que me está a incomodar muito, é o exagero dos golpes internacionais de que nosso país é o alvo dessa coordenação quase perfeita contra um país de economia insignificante, que parece ser suspeita.
Assim, sou levado a concluir que alguns fizeram que nós nos sintamos culpados e nos provocaram o medo, para nos dirigirem para o FMI, que é um elermento-chave da política expansionista dos Estados Unidos e que as questões relativas à solidariedade europeia são pó que nos querem atirar para os olhos para esconder que é uma iniciativa exclusiva dos EUA , para nos lançar numa crise artificial, para que nosso povo tenha medo, seja domesticado, e perca conquistas valiosas e, finalmente, se ajoelhe, uma vez que seja aceite a dominação estrangeira. Mas por quê? Para que servem estes planos e quais os seus objectivos? (...)
(veja a declaração completa aqui)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Joaquim Vital (1948-2010)
Fazíamos parte de um grupo que integrava também Cáceres Monteiro, António Leitão, Almeida Martins, e que encontrava apoio em alguns professores, como Albano Arezes , para projectos ligados à literatura, e que estavam mais ou menos formalmente ligados ao PCP, tendo parte deles seguido outros caminhos políticos mais tarde.
Quando o Vital foi preso, a PIDE foi buscá-lo ao liceu mas o reitor de então, Brás Gomes, um homem do regime que tentou em vão que enquadrassemos certas actividades na Mocidade Portuguesa, disse-lhes que a prisão não poderia ser efectuada dentro da escola. Um numeroso grupo de alunos concentrou-se no átrio em apoio do Vital e a PIDE só o prendeu depois.V ital foi torturado e mais tarde iria para a Bélgica e depois para França.
Só tive notícias dele muito depois através das edições La Différence, com a sua livraria em, Paris, onde teve um importante papel no lançamento em França de traduções de obras de escritores portugueses, no quadro de uma actividade de editor e livreiro muito digna e profícua.
Como foi referido hoje num órgão de comunicação social, sobre o mundo da edição, Vital escreveu: “Pode dizer-se, parafraseando Fernando Pessoa, que há três espécies de editores: os que publicam os livros de que gostam, os que gostam dos livros que publicam, os que não gostam de livros - e que não são editores. É a esta terceira categoria que pertencem os industriais e financeiros que decidiram, por razões de estratégia empresarial, atacar o mercado do papel impresso.”
Foi com tristeza que o vimos agora partir, de forma inesperada.
domingo, 9 de maio de 2010
Vox populi
Nos 65 anos sobre o fim da 2ª guerra mundial
4. A pretensa "neutralidade de Salazar
Alguns historiadores, incluindo alguns que se reclamam da esquerda, têm de há anos a esta parte fazer-nos crer que a não participação ("neutralidade") de Portugal na 2ª guerra se ficou a dever a um rasgo de inteligência do ditador...
Salazar estava com Hitler, copiou para Portugal, mesmo antes da guerra, experiências alemãs que reflectem essa identidade, como a Legião Portuguesa, a Mocidade Portuguesa, etc.
Mas receava o que os ingleses, "tradicionais aliados", poderiam fazer com as colónias portuguesas, por já ter havido precedentes, em que as tinham tentado negociar...
A colaboração de Salazar com Hitler começou logo com a ascensão deste ao poder em 1933.
Portugal teve muitos espiões recrutados no aparelho de Estado para trabalharem para os nazis. Entregou a Franco refugiados republicanos, alguns dos quais foram imediatamente fusilados, e repetiu esta atitude para com refugiados alemães anti-fascistas, estruturas do Estado difundiam propaganda nazi, na imprensas portuguesa o apoio a Hitler e o achincalhamento dos dirigentes aliados eram as atitudes dominantes. Com particular gravidade da rádio. O Estado Português forneceu diferentes minérios em grandes quantidades para a indústria de guerra alemã, forneceu alimentos e malhas para fardas dos nazis que combatiam a URSS.
Quando a guerra deu a viragem, com a batalha de Estalinegrado e o êxito militar dos aliados e da resistência em Itália, Salazar acertou agulhas e cedeu às pressões para a cedência de bases nos Açores a norte-americanos e ingleses, obtendo em troca equipamento para modernizar a própria máquina de guerra portuguesa.
Mas em Portugal sempre existiu e desenvolveu-se um grande combate político e intelectual contra o nazismo e de apoio à URSS. Toda uma geração de quadros políticos da oposição e intelectuais, e muitos trabalhadores levou essa atitude até aos dias de hoje.
A esquisita estória da carrinha de Times Square
Sobre as privatizações
Ao longo dos anos de política de direita, a mentira dos prejuízos do Sector Público foi repetidamente propalada. Mesmo, depois de um Livro Branco, mandado elaborar por um Ministro das Finanças, demonstrar uma evidência: as nacionalizações foram financeiramente vantajosas para o Estado Português!
Depois foi o capitalismo popular! O Livro Branco desfez a mentira: 99% dos accionistas detinham uma percentagem insignificante do capital social das empresas privatizadas.
Outra tese, hoje caída em desuso, pelo comportamento da GALP, EDP, BRISA, etc, foi a da “Privatização igual a fim de monopólios e mais concorrência”. De facto substituíram-se monopólios públicos dirigidos e regulados pelo Estado, pela vontade majestática de monopólios privados!
Como é extraordinária a propaganda das vantagens para trabalhadores e consumidores. Uns, foram despedidos aos milhares. Os outros passaram a ter ou continuaram a ter preços e tarifas e comissões, na energia, nas comunicações e transportes, nos serviços financeiros, etc, elevadíssimos comparados com os seus “concidadãos europeus” com poderes de compra, salários e pensões, várias vezes superiores!!! Os exemplos são em demasia!
Outro objectivo afirmado e propaganda feita, foi a da redução da dívida pública. Se inicialmente tal aconteceu, tendo as privatizações permitido a dita convergência nominal a caminho da moeda única, rapidamente, como os gráficos tão flagrantemente exibem, a dívida pública transformou-se num buraco sem fim nem fundo, onde desapareceram milhões e milhões de euros sem nunca a saciarem!
(...)
As privatizações anunciadas no PEC, vão agravar todos os problemas decorrentes das anteriores privatizações. Um criminoso programa de privatizações atingindo sectores estratégicos e monopólios naturais, eliminando qualquer resquício da presença do Estado em empresas estratégicas e estruturantes da economia e do território.
As inevitáveis consequências, tendo em conta 20 anos de privatizações são fáceis de prever.
No campo de forças económico, o avolumar e consolidar da potência económica/social e política de um número restrito de grupos (económico-financeiros), acentuará uma estrutura monopolista/oligopolista, em sectores de serviços e bens essenciais. Reforçará uma hierarquia de relações de domínio e desfavoráveis a grandes, médias e pequenas empresas privadas, ao próprio Estado. Em matérias de mercados, no acesso a fundos públicos e comunitárias, na definição das normas e regras económicas pelo poder político, nos preços e tarifas daqueles bens e serviços.
Não haverá, como a experiência suficientemente tem demonstrado, entidades reguladoras, que respondam a este problema.
No plano das contas públicas o Estado vai continuar a perder as receitas dos dividendos que deixa de receber (trata-se no fundamental de empresas bastante lucrativas), e também perde receitas fiscais (as mesmas empresas, privatizadas passaram a pagar menos!), agravando o défice orçamental. Só entre 2004 e 2009 o Estado recebeu de dividendos mais de 1 400 milhões de euros de dividendos. É uma parcela significativa desta fonte de receitas públicas que o Governo PS agora pretende vender aos grandes grupos económicos. Agrava-se a Balança de Pagamentos pela crescente saída de rendimentos por exportação de dividendos correspondentes à forte presença do capital estrangeiro no capital social das empresas privatizadas! Mais de 50% do capital accionista da PT, EDP, BCP, BES, BPI e BRISA está hoje na mão de capital estrangeiro. O Governo PS acha pouco! Em 2008 os rendimentos pagos ao exterior atingiram 20 mil milhões de euros.
Vinte anos depois, 36 mil milhões de euros de privatizações depois, o rácio Dívida Pública/PIB quase duplicou! E vai continuar a agravar-se, como o próprio Governo reconhece no PEC. (...)»
sábado, 8 de maio de 2010
Nos 65 anos sobre o fim da 2ª guerra mundial
3. Algumas notas sobre o curso final da guerra
Quando o curso da guerra se inverteu com a derrota da Alemanha na URSS, onde se destacaram batalhas decisivas como as de Moscovo, Estalinegrado e a batalha de tanques de Kursk, Churchill e Roosevelt acabaram por vencer as suas hesitações quanto ao desembarque aliado a Ocidente para, com esta segunda frente, secundada pela progressão de forças na Sicília e Itália, encurralarem os nazis.
Até então os nazis tinham concentradas 92% das suas forças terrestres na frente germano-soviética. Mas, mesmo depois da abertura da segunda frente, mantiveram-se na primeira 74 % dessas forças.
A entrada do Exército Vermelho em Berlim originaria o suicídio de Hitler. Uma semana depois da conquista de Berlim, os alemães assinaram na noite de 8 para 9 de Maio a acta da capitulação incondicional. Esta data passou a ser consagrada como o fim da guerra na Europa. Um mês depois, Churchill, Estaline e Truman, realizaram a Conferência de Potsdam para serem devolvidos à URSS e Polónia territórios perdidos, para o completo desarmamento da Alemanha e para criarem um Tribunal Militar Internacional para julgar pelo genocídio os principais dirigentes alemães sobreviventes.
A libertação dos países europeus foi, em geral, fruto de uma acção, mais ou menos concertada, dos exércitos aliados e das forças da resistência interna. As resistências na Europa escreveram páginas de coragem, de sacrifício e grande combatividade, facilitando a tarefa aos exércitos aliados. A Jugoslávia assegurou, sozinha a libertação, sem intervenção de outros exércitos, sob o comando de Tito.
Mas a guerra continuaria até 2 de Setembro quando o Japão se rendeu a bordo de um navio norte-americano no porto de Tóquio.
Desde o bombardeamento de Pearl Harbour, em 1941, e já antes, em 1937, também pelos japoneses, a guerra no Sudeste Asiático e Pacífico, desenvolveu-se uma guerra muito violenta. É melhor conhecida a intervenção norte-americana e dos seus aliados até à conquista de Okinawa em Março de 1945. Menos conhecida foi a resistência e contra-ataque chinês ou a intervenção soviética, a partir de Agosto, que libertou a Manchúria, o norte da Coreia, o sul de Sajalin e as Ilhas Curilhas.
Os norte-americanos desencadearam destruições brutais na Alemanha, quando os nazis já estavam derrotados. Cidades como Dresden foram arrasadas. Mais grave viria a ser o lançamento das duas bombas atómicas em Hiroshima e Nagasaki, que provocaram cerca de 500 mil mortos, quando já não existiam razões militares para tal crueldade. Foi para garantir trabalho para os consórcios da construção civil que há muito desenhavam cenários de reconstrução de que beneficiariam? Foi para garantir a contenção da URSS, esboçando já a futura política de guerra fria? Seria pelas duas razões? O diabo que escolha…
A crise na zona euro e a luta dos trabalhadores
(...)Recrudescem os ataques dos especuladores financeiros às economias mais vulneráveis e dependentes da zona Euro.
O capital financeiro que recebeu dos Estados milhões de milhões de euros é o mesmo que agora especula sobre a fragilidade das contas públicas criada por essas transferências e pela dependência económica das economias periféricas.
Dependência causada por uma política monetária e cambial conduzida pelo BCE, com a sua falsa independência, ao serviço do grande capital e das grandes potências europeias. Agravada pela liberalização dos mercados e pela livre concorrência no comércio internacional.
Perante isto, os governos e a UE acabam de deixar bem claro qual o significado da "solidariedade europeia": estender o tapete à continuação do saque do capital financeiro e transferir para os trabalhadores e os povos os custos do roubo - se preciso for, com medidas de autêntico terrorismo social. Mas os trabalhadores e os povos não capitularão perante o rumo que lhe anunciam como inevitável - e que não é! A sua luta aí está a demonstrá-lo.
Na Grécia, em Portugal e em tantos outros países. Daqui os saudamos pela coragem e determinação. Precisamos de coesão económica e social. De crescimento e desenvolvimento, com correcção de injustiças. E por isto se exige, entre outras medidas, o fim definitivo do (mal chamado) Pacto de Estabilidade e Crescimento. (...)
Consulte aqui a versão integral da intervenção do euro-deputado João Ferreira no Parlamento Europeu.
PCP solidário com o povo grego recusa empréstimo à Grécia
(...) Ao longo da crise em curso foi gritante a falta de solidariedade da União Europeia e em especial das suas principais potências. Deixou-se agravar o ataque dos especuladores em relação à Grécia, e também em relação ao Portugal e outros países, quando a situação podia e devia ser travada com uma posição mais forte perante essas operações. Está hoje aliás evidente que as notações e as supostas inseguranças dos mercados, nada mais são do que a pressão para aumentar o juro das dívidas e assim as margens de lucro do capital especulativo.
Nesta crise ficou claro como funciona a União Económica e Monetária. Um bom exemplo é a acção do BCE, guardião da ortodoxia monetarista. O BCE pode emprestar e empresta dinheiro a instituições bancárias, independentemente até da sua solidez, à taxa de 1%. Mas está proibido de emprestar dinheiro aos Estados em dificuldades, por imposição e interesse da Alemanha.
E mesmo perante a situação de crise, a evidenciar que é preciso fomentar a economia dos países menos desenvolvidos, mantêm-se absurdamente os critérios monetaristas dos 3% de défice, mesmo que isso implique uma ainda maior destruição das economias, do emprego, do desenvolvimento.
Consulte aqui a versão integral desta intervenção de Bernardino Soares, ontem na AR
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Frase de fim-de-semana, por Jorge
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Nos 65 anos sobre o fim da 2ª guerra mundial
Mais um dia de greve geral na Grécia
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Nos 65 anos sobre o fim da 2ª guerra mundial
terça-feira, 4 de maio de 2010
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Com a guerra os EUA criaram um desastre ambiental no Afeganistão
E acusa os EUA de planear a saída dos seus militares, sem fazer esse tratamento e deixando zonas do território a braços com um grande imbróglio ambiental.
Para ir acompanhando esse relatório que tem mais duas partes além do que foi publicado no passado dia 25, clique no site da kabulpress.org