segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Sulcos Labtayt no Enceladus, uma das luas de Saturno - água no subsolo?

Face a algumas características da superfície da lua Enceladus do plamneta Saturno poderá concluir-se que este se comporta como um tapete rolante? A interpretação de imagens recentes tiradas a partir de Saturno permite concluir que sim. Este tipo de actividade tectónica assimétrica, muito rara na Terra, dá-nos pistas sobre a estrutura interna da Enceladus, que pode conter por baixo da sua superfície mares onde a vida se poderá desenvolver. A foto acima resulta da composição de 28 imagens captadas pela nave espacial robótica Cassini, em Outubro, que está actualmente na órbita de Saturno.
A investigação destas imagens mostra claramente deslocamentos tectónicos na lua, iluminada pelo sol nascente, e mostra discretamente uma aparente variedade de crtistas acima do limbo da lua. A imagem, bastante reforçada e colorida, mostra a enorme extensão das componentes dessa plumagem. Os cientistas, como relatou a revista Science, em 10 de Março de 2006, acreditam que erupção de reservatórios de água líquida da sub-superfície, acima 273 graus Kelvin (0 graus Celsius), se deve a injectores do tipo dos géisers pressurizados. A missão Cassini-Huygens é um projecto de cooperação entre a NASA, a Agência Espacial Europeia e a Agência Espacial Italiana. A Cassini Orbiter e as suas duas cameras de bordo foram projectadas, desenvolvidas e montadas no Jet Propulsion Laboratory, uma divisão do Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena. A imagem das operações baseia-se no centro Space Science Institute, em Boulder.
À superfície todos os sulcos se parecem mover numa única direcção. Na parte superior da imagem aparece uma das mais proeminentes divisórias tectónicas: os sulcos Labtayt, uma espécie de canyons com cerca de um quilómetro de profundidade.
Durante uma recente passagem, a Cassini foi programada para poder "olhar" a Enceladus num escasso crescente. Desta forma, as partículas emitidas a partir da superfície seriam melhor observadas fazendo-lhes reflectir a luz solar. A táctica foi bem sucedida – o quadro abaixo mostra várias cristas provenientes das regiões anteriormente conhecidas. A Cassini detectou um aumento das emissões de partículas provenientes dessas regiões durante um lua cheia em Julho. Algumas destas partículas de gelo contribuem provavelmente para o misterioso anel de Saturno. Em Novembro de 2005 o mapeamento visual do espectrómetro de infravermelhos mediu o espectro das plumas proveniente do pólo sul da lua gelada, capturando
uma assinatura muito clara de pequenas partículas de gelo. A equipe produziu então as primeiras imagens da pluma de material gelado em deslocação no pólo sul de Enceladus, que são eventuais indícios de géisers do tipo de Yellowstone alimentados por reservatórios de água líquida.
Sobre este assunto, consulte o site da Science Daily e os sites de Cassini Imaging Team, SSI, JPL, ESA e NASA.

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