quarta-feira, 19 de junho de 2013

Paolo Maquiavel Portinari

O CDS, por defeito de nascença, nasceu à direita do PSD. Uma composição mais trauliteira dos activistas iniciais e as suas relação privilegiadas com Cerejeiras de 2ª classe, mas de grande poder operacional, não podia ser indiferente ao chefe da estação da CIA no Norte, o sr. "Morgan" , com quem mantiveram as cooperações que entenderam para , com participação activa do PS e PSD, para "salvarem Portugal do comunismo",  com muita porrada, alguns mortos e muita fogachada. Mas o advento da democracia, mesmo quando perdeu alguns pontos nos  dois anos iniciais, criou um ambiente em que ficaram reduzidos os seus níveis eleitorais e a base social de apoio. Tal situação fez com que o CDS tenha sido pau para toda a obra para não desaparecer politicamente. Hoje está com o PSD. Amanhã bate-lhe. Pestanejando sempre ao PS, onde há quem em caso de estar em maioria relativa sempre pode fazer qualquer tipo de acordo com os antigos trauliteiros, hoje mais in, disputando uma zona de conforto e  glamour,
O pronunciamento de Portas no dia de ontem, depois de uma visita à feira de Santarém onde o obrigaram a comprar uns queijinhos,  foi o seu primeiro grande acto com vista às eleições autárquicas. Tudo o que disse deve ser esquecido porque o CDS não fugiu ao síndrome da direita de dizer uma coisa e fazer o seu contrário.
Referiu a necesidade de iniciar a redução do IVA e IRS para a economia poder crescer. De se iniciar um desagravamento fiscal nesta legislatura. Chorando baba e ranho garantiu que "o CDS tinha sido obrigado a governar contra as suas convicções" e que "O CDS-PP, em nome da estabilidade governativa e da situação de emergência nacional em que nos encontramos, teve de ceder no compromisso de não aumentar o IRS; e aceitar uma reforma dos escalões e das taxas, que, ao invés de incentivar a mobilidade social, acentuou a penalização dos rendimentos".
Mais disse que "a segunda metade da legislatura tem de corresponder a um segundo ciclo político". "Não apenas pelo horizonte visível da saída da 'troika' - que não é o fim dos constrangimentos, mas também pela absoluta prioridade de acelerar, no que de nós depende, a chegada a um ciclo de crescimento económico e a um ponto de viragem quanto à criação de emprego", coisa que, como é sabido está fora das projecções, mesmo das feitas pelos prestidigitadores que acessoram o governo.
António Pires de Lima lá vai defendendo este segundo ciclo onde existe uma parte do PSD que estaria de acordo.
Paras trás ficou o discurso dos reformados.

Vamos senhores, apanhem as cartas e joguem, mas cuidado com o jockey.

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