terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A revolução egípcia e a Dra. Ana Gomes

Habituado aos desaires dialéticos da eurodeputada do PS, não me surpreendi com a tirada desta na Antena Um enquanto tomava café.
Dizia a senhora qualquer coisa como a Irmandade Muçulmana egípcia estar organizada e poder acontecer como o PCP no PREC que quiz avançar com a revolução mas que teve que ir a votos, não lhe tendo sido permitido prolongar o PREC. O mesmo se deverá passar no Egipto com os islamitas, não devendo deixar-se que vão tomando conta das estruturas do Estado. Esta flexibilidade intelectual que lhe está nos genes desde que em 75 andava atrás dos "sociais-fascistas", servindo de braço rasteiro da contra-revolução é natural que a leve a dizer hoje este e outros disparates.
Das declarações de apoio aos protestos retiro que o que é importante para a senhora é que não haja um período revolucionário mas se calhar eleições já amanhã com a mesma estrutura do Estado, com um governo de torcionários sem Mubarak, sem que as correntes políticas clandestinas ou debilitadas pela repressão pudessem actuar livremente, com as mesmas estruturas de corrupção e nepotismo, os mesmos comandos no exército e forças militarizadas, sem uma informação livre que não apenas a das rerdesd sociais.
Dito por outras palavras, a eurodeputada não quer a revolução.
Enquanto escrevo estas palavras não posso deixar de me emocionar com as imagens da Al-Jazeera da Praça Tahrir que vejo ao mesmo tempo.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tens razão, António:

Ela (eles) não querem a revolução não obstante terem sido ultrarevolucionários...

Quem não os conhecer que os compre...

João Pedro

Anónimo disse...

Tens razão, António:

Ela (eles) não querem a revolução não obstante terem sido ultrarevolucionários...

Quem não os conhecer que os compre...

João Pedro