(...)O Comité Central do PCP alerta para as consequências desastrosas da actual
política e de perpetuação do Pacto de Agressão na base de um eventual segundo
resgate que o Governo dá já indícios de estar a preparar com a
troika
estrangeira. Uma solução que, correspondendo inteiramente aos interesses dos
chamados “mercados”, só contribuirá para intensificar o processo de exploração,
saque dos recursos do País e de dependência nacional.
Só a rejeição do Pacto de Agressão e a demissão do Governo com a convocação
de eleições antecipadas pode assegurar as condições para vencer e ultrapassar a
difícil situação para que Portugal foi arrastado, para assegurar o indispensável
crescimento económico e afirmar o direito a um desenvolvimento soberano.
A urgência de uma ruptura com a política de direita e de uma mudança na vida
nacional que abra caminho à construção de uma política alternativa, patriótica e
de esquerda, constitui um imperativo nacional, uma condição para assegurar um
Portugal com futuro, de justiça social e progresso, um país soberano e
independente.
Uma política assente em seis opções fundamentais à cabeça das quais estão a
rejeição do Pacto de Agressão e a renegociação da dívida nos seus montantes,
juros, prazos e condições de pagamento rejeitando a sua parte ilegítima, com a
assunção imediata de uma moratória negociada ou unilateral e com redução do
serviço da dívida para um nível compatível com o crescimento económico e a
melhoria das condições de vida; a defesa e o aumento da produção nacional, a
recuperação para o Estado do sector financeiro e de outras empresas e sectores
estratégicos indispensáveis ao apoio à economia, o aumento do investimento
público e o fomento da procura interna e a valorização efectiva dos salários e
pensões, e o explícito compromisso de reposição de salários, rendimentos e
direitos roubados, incluindo nas prestações sociais.(...)