Com um a sessão em que participaram cerca de 130 antigos dirigentes, colaboradores e trabalhadores da AEIST, do período que vai dos anos 50 ao 25 de Abril, assinalou-se no IST essa data.
Saliento aqui alguns traços das intervenções.
De António Serra, director do IST e de Ramoa Ribeiro, reitor da Universidade Técnica de Lisboa (UTL), veio o reconhecimento de que a acção dos presentes e outros que não puderem estar deu um contributo importante para a conquista da liberdade , incluindo pela formação política dos alunos que vinham da Academia Militar e que parte deles tiveram papel importante na Revolução do 25 de Abril.
Mas António Serra também criticou políticas governamentais e que o IST irá ser posto à prova apesar de ser a escola que mais contribui com receitas próprias para as receitas totais da escola (cerca de 60%) e anunciou que o IST iria fazer uma evocação de todos os seus estudantes vítimas da repressão durante a ditadura bem como dos professores que foram expulsos e impedidos de ensinar no IST por motivos políticos.
Do ainda presidente da Associação Ivan Nunes - já houve eleição e o futuro presidente, também presente, ainda irá tomar posse - para salientar as diferenças entre a AEIST de então e de hoje mas que continuará a ser representante dos estudantes, com sérios problemas e que se irão agravar nos próximos meses e a exigir uma atitude reivindicativa face à direcção da escola e do novo governo.
De Fernando Valdez, representante da comissão organizadora dos encontros anuais de antigos dirigentes, colaboradores e trabalhadores da AEIST do período já referido, para fazer um historial da sua acção desde 2002.
De Lurdes Nery, antiga trabalhadora, que salientou a solidariedade existente entre os trabalhadores da AEIST e os seus dirigentes.
O professor Bernard Herold, o mais antigo dirigente da AEIST que se conhece, deu conta do seu papel como delegado de curso e presidente da Junta dos Delegados e das iniciativas que tomou para no plano legislativo ser considerada a existência em todas as escolas de associações dos estudantes, não tuteladas pela Mocidade Portuguesa, a que o governo de Salazar viria a responder nos anos 50 com o célelebre decreto 40900 que provocou a revolta entre os estudantes.
Foi uma sessão emotiva, nada formal, que terminou com o almoço habitual nas instalações da AEIST (cantina hoje gerida pelos serviços da UTL).
Agradeço a foto cedida pelo Jorge Vasconcelos.
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Há 4 semanas