sábado, 24 de outubro de 2009

Saramago em diálogo promovido pelo Expresso: eu não sou intolerante, sou radical

1 comentário:

F. Penim Redondo disse...

Tenho a impressão de que a Saramago falta a compreensão da diferença entre os livros e os grandes meios de comunicação de massas.
Ele não pode supor que quem o ouve na TV vai posteriormente ler os seus livros para compreender o alcance daquilo que ele diz. Na verdade só uma escassa minoria lê os livros dele mas há milhões que o vêem no ecran.
Esta distinção é muito importante dada a justa fama que rodeia o autor de Caim.
Quando alguém alcança um estatuto como o de Saramago tem que gerir um difícil equilibrio comunicacional. As suas falas são como os remédios que têm que ser tomadas em pequeníssimas doses porque se não convertem-se em venenos.
Quem tem muito prestígio quando fala, se não tiver em conta a forma e o meio, corre o risco de parecer ter o rei (ou Deus) na barriga.